A chuva não vem, mas a esperança não morre.
Porto Inglês - 31 Agosto - Os agricultores na ilha do Maio estão
preocupados com a demora na chegada das primeiras chuvas, embora ainda
depositem esperanças num bom ano agrícola.
Em declarações à Inforpress, Justino Monteiro, agricultor da localidade de
Morrinho disse, que os homens do campo costumam estar nos seus terrenos a fazer
trabalhos de lavoura, mas este ano as coisas não estão aparentemente "nada
animadoras, embora acreditarem ainda que até o fim do mês a situação deva
mudar.
Segundo adiantou ainda, para complicar na ilha do Maio já não se pratica a
sementeira em pó (seco), devido ao ataque de galinhas de mato que retiram tudo
o que é colocado nos campos agrícolas.
Escolástico Neves, agricultor da localidade de Calheta, quem partilha da
mesma opinião indicando que a chegada tardia das chuvas traz consequências
várias.
"Para além do atraso nas sementeiras, depara-se também com a escassez
de água para regadio e principalmente falta de pastos para os animais que já
demonstram sinal de alguma fraqueza, o que está a preocupar os criadores de
gado da localidade com forte tradicção nesse sector" explicou.
Todavia, este agricultor e criador de gado "não se manifestou desanimado",
apesar de considerar que a chuva este ano está bastante atrasada em relação aos
anos anteriores.
Ocean Press