Solos saudáveis são fundamentais para
a produção global de alimentos, mas não estamos prestando atenção suficiente a
este importante "aliado silencioso", disse José Graziano da Silva, diretor geral
da FAO, no passado mês de Dezembro, por ocasião da comemoração do Dia Mundial do
Solo. As Nações Unidas declararam 2015 como sendo o Ano Internacional do Solo.
Solos saudáveis não são apenas a base para
alimentos, combustíveis, fibras e produtos médicos, mas também são essenciais
para os nossos ecossistemas, desempenhando um papel fundamental no ciclo do
carbono, armazenamento e filtragem de água e na melhoraria da a capacidade de
resistência a inundações e secas, observou.
" Infelizmente, 33 por cento dos nossos recursos
globais do solo estão em degradação e pressões humanas sobre os solos estão a
atingir limites críticos, reduzindo e às vezes eliminar funções essenciais do
solo " referiu.
A FAO estima que um terço de todos os solos estão
degradados, devido à erosão, compactação, impermeabilização do solo,
salinização, matéria orgânica do solo, esgotamento de nutrientes, acidificação,
poluição e outros processos causados por práticas de manejo da terra
insustentáveis.
A menos que sejam adoptadas novas abordagens, o
montante global da terra arável e produtiva por pessoa será em 2050 apenas um
quarto do nível em 1960.
Chamando o solo de um "recurso quase esquecido",
Graziano pediu mais investimentos na gestão sustentável do solo, dizendo que
seria mais barato do que a restauração e " necessária para a segurança alimentar
e nutricional, adaptação às alterações climáticas e desenvolvimento sustentável
global."