A Delegação do Ministério de Desenvolvimento Rural (MDR) no
Maio pretende introduzir o sistema de hidroponia, na ilha como forma de
sensibilizar os agricultores a utilizarem as novas técnicas de produção,
informou esta terça-feira o delegado Carlos Dias.
Em declarações à Inforpress, esse responsável disse que este
sistema permitirá ao agricultor fazer uma produção de "boa qualidade"
e com pouca quantidade de água o que significa produzir a um custo menor em
relação aos outros sistemas actuais.
"Com a introdução
da hidroponia, o agricultor vai poder fazer uma produção de boa qualidade em
termos fitossanitário, porque a cultura é feita no abrigo onde não há
incidência de grandes pragas e o que significa que não vai haver necessidade de
se fazer grandes tratamentos químicos", explicou.
Essa produção que se prevê de "alta qualidade",
segundo Carlos Dias, vai ser feita para ser colocada no mercado turístico que
"é exigente" em termos de condições sanitárias, algo que também se
pretende para a ilha nos próximos tempos.
O delegado do MDR fez saber que este é um "projecto
específico" lançado pelo Governo de Cabo Verde em parceria com a
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que vai
contar também com a colaboração do beneficiário que deve possuir um terreno e
água e arcar com 50 por cento do montante dos custos de toda a infra-estruturação.
Carlos Dias exortou os agricultores a aderirem ao projecto,
já que segundo ele "só traz vantagens" e os beneficiários vão ter
todo o apoio por parte da Delegação no Maio, que está a preparar um técnico na
Cidade da Praia para o efeito.
"Esta tecnologia é economicamente viável para Cabo
Verde, bem como para a ilha do Maio, em particular, que possui um bom clima.
Por isso, espero que os agricultores se mostrem interessados nesse sistema para
que possamos ter candidatos a serem escolhidos para essa primeira fase",
conclui.
A hidroponia, uma técnica de cultivar plantas sem solo, onde
as raízes recebem uma solução nutritiva necessária ao desenvolvimento da
planta, foi introduzida em Cabo Verde desde a década de 90.
Fonte:
Inforpress/ExpressodasIlhas