De acordo com a FAO, milhões de pessoas poderiam escapar da
pobreza, da fome e da degradação ambiental, se os países fizessem um maior
esforço para promover os sistemas agro-florestais, uma abordagem integrada que
combina a floresta com produção agrícola e animal.
O sector agro-florestal é uma importante fonte quer de
produtos locais (lenha, madeira, fruta e forragem), como de produtos para
exportação. Cerca de metade das terras agrícolas do planeta tem uma cobertura
florestal de pelo menos 10 por cento, daí a importância dos meios de
subsistência agro-florestais para milhões de pessoas.
Num novo guia publicado ontem, 5 de Fevereiro, destinado a
decisores, conselheiros políticos, ONGs e instituições governamentais, a FAO
explica como integrar os sistemas agro-florestais nas estratégias nacionais e
como adaptar as políticas a condições específicas.
“Apesar dos seus
muitos benefícios, o sector agro-florestal é prejudicado por políticas
adversas, restrições legais e falta de coordenação entre os sectores para os
quais contribui, nomeadamente a agricultura, a silvicultura, o desenvolvimento
rural, o meio ambiente e o comércio” adiantou Eduardo Mansur, Director da
Divisão de Avaliação, Gestão e Conservação Florestal da FAO.
O potencial de reduzir as emissões de gases com efeito de
estufa, através da diminuição da conversão de florestas em terras agrícolas e
do sequestro de carbono nas árvores das explorações agrícolas está entre as
novas oportunidades de se promover o agro-florestal.
Segundo o guia, os agricultores que introduzam árvores nas
suas explorações devem ser recompensados pela prestação de serviços ambientais
à sociedade através de incentivos financeiros ou de outros incentivos,
incluindo subsídios, isenções fiscais, programas de partilha de custos, de
micro crédito ou benefícios em espécie (serviços de extensão, desenvolvimento
de infra-estruturas, etc.).
O guia foi desenvolvido pela FAO em colaboração com o Centro
Mundial Agro-florestal (ICRAF), o Centro de Ensino Superior de Pesquisa
Agrícola Tropical (CATIE) e o Centro Internacional de Pesquisa Agrícola para o
Desenvolvimento (CIRAD).
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