“Bractocera Invandens” é assim o nome científico da “mosca de fruta” que está a preocupar muitos dos agricultores das zonas circundantes à Cidade Velha, em RGS. Olívio Martins é um deles e diz já não saber o que fazer. “É a mesma praga que aparece todos os anos e segundo informações terá entrado em Cabo Verde em frutas que vieram de países da África”, afirma.
Contactado, o delegado do MDR da região sul de Santiago confirma que a porta de entrada da mosca de fruta terá sido as alfândegas que não fizeram uma boa fiscalização e que isso tem provocado alguns estragos. José António Semedo garante contudo que o INIDA já encontrou uma solução para o combate da praga e está a trabalhar para que cause o menos danos possíveis nas colheitas. “Existe uma equipa técnica, comandada por Alfricene Valdez, do INIDA, que dá cobertura a todas as áreas afectadas”, explicou.
O MDR tomou conhecimento dessa nova praga entre 2003 e 2005, mas só em 2007 é que o problema se agravou. “Os técnicos foram recolher a amostra e enviamos para o centro de investigação e caracterização no Quénia e só aí ficamos a saber do que se tratava, realmente”.
Este delegado afiançou no entanto a este semanário, que os estragos provocados até agora não são muito por aí além. “Existe uma solução que se ensina aos agricultores onde podem colocar 5tc de creolina na água e pendurá-la nas árvores em recipientes amarelos”, diz, “uma cor que atrai essas moscas”.
Ainda de acordo com Semedo, o MDR tem uma equipa que se desloca periodicamente às localidades afectadas para sensibilizar os produtores no sentido de utilizarem a referida solução no combate ao insecto.
“Essas moscas são mais atraídas para frutas maduras e depositam ovos que acabam por estragar as mangas, mas são inofensivos à saúde do homem”, assegurou.
Carla Gonçalves
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