CORREIO DAS ILHAS.
02 Junho 2013
A ilha Brava vai beneficiar de um pacote de quatro projetos para cultura de estufa, abrangendo a produção de morango e hortaliças diversas. Um passo importante e que representa a introdução de técnicas modernas na agricultura da ilha mais a sul do arquipélago.
Começou esta semana a montagem de duas estufas para a produção agrícola na Brava: uma na localidade de Nossa Senhora do Monte e outra na zona de Covoada. Os dois projetos representam um investimento de cerca de três mil contos do Ministério de Desenvolvimento Rural. As estufas começam a receber plantas em fins de Julho próximo.
O delegado do MDR, José Lenine Carvalho, precisa que a estufa de Nossa Sra. de Monte vai ser implantada nas terras do agricultor José Gomes Pires, abrangendo uma área de 270m2. Visa produzir três toneladas de morango por ano, uma fruta pouco encontrada na ilha e com alto valor comercial (500$00 kg). Já a estufa de Covada cobrirá uma superfície de 540m2 e está projetada para produzir 16 toneladas de tomate por ano. O contemplado é o agricultor José Vieira, que se propõe ainda desenvolver culturas de pimentão, melancia, alface entre outras espécies hortícolas. Dois outros projetos similares devem arrancar neste 2013, agora nas localidades de Cova de Joana e Cova Rodela.
Para o responsável local do MDR, escusado será falar na “revolução” que a cultura de estufa irá trazer à agricultura da ilha. “Além de permitir menor incidência de pragas e doenças nas plantas, a cultura de estufa produz durante todo o ano, em maior quantidade, e protege as espécies vegetais de variações climáticas bruscas”, aponta José Lenine Carvalho.
A mesma fonte informa que o MDR tem já em marcha um programa de plantio. Desta feita, são uns cinco mil pés de fruteiras que vão ser levados às zonas altas da ilha, durante o tempo da Azágua. Mais, o Ministério vai equipar uma área de um hectare com o sistema de rega gota-gota, para apoiar os agricultores da ilha. “Com a execução desses projetos, vamos aumentar a produção agrícola, diversificar os produtos, gerar mais rendimentos às famílias e melhorar a dieta alimentar da população da Brava”, conclui José Lenine Carvalho.
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