quarta-feira, 23 de julho de 2014

Santa Cruz ganha maior barragem de Cabo Verde


A Barragem da Figueira Gorda, no concelho de Santa Cruz, vai ser inaugurada a 26 de Julho. A maior infra-estrutura hidráulica de Cabo Verde, em termos de captação de águas pluviais, abre novas perspectivas agrícolas para os homens do campo em particular e os santa-cruzenses no geral.
A infra-estrutura hidráulica construída em alvenaria, com um núcleo central em betão com 25 metros (m) de altura e quatro de coroamento, tem capacidade para armazenar 1.800 milhão de metros cúbicos de água, quase três vezes mais do que a Barragem de Poilão, em São Lourenço dos Órgãos, o que lhe confere o título de maior barragem de Cabo Verde.
A água captada permite irrigar um perímetro de 150 hectares de terreno no vale da ribeira de Boaventura e de Santa Cruz, com benefício directo para 480 agricultores chefes de famílias.
Conforme o projecto, a adução de água aos perímetros irrigados far-se-á por uma conduta principal até ao perímetro agrícola de “Justino Lopes”, onde fará derivações em duas partes, ou seja, uma para cada uma das margens da ribeira.
A construção da barragem de Figueira Gorda constitui o primeiro passo para a materialização de um sonho antigo: a reabilitação da “Justino Lopes”, a maior empresa agrícola que teve no passado um papel importante na economia da ilha de Santiago.
Com a inauguração da barragem de Figueira Gorda, eleva-se para cinco o número de infraestruturas do tipo em Santiago. As outras quatro - já inauguradas - são: barragens de Poilão (em São Lourenço dos Órgãos, aprimeira do país); Salineiro (Ribeira Grande de Santiago); Faveta (São Salvador do Mundo - Picos) e Saquinho (em Santa Catarina).
O acto de inauguração será prestigiado pelo Primeiro-Ministro, José Maria Neves, e acontece no marco do Dia do Município de Santa Cruz, celebrada a 25 de Julho.
REALOJAMENTO DE FAMÍLIAS
Em resultado da construção da barragem de Figueira Gorda, vão ser construídas 30 “moradias-sócias”, na localidade de Achada Bel-Bel, destinadas ao realojamento das famílias de Boaventura cujas casas ficarão submersas com a entrada de água na albufeira.
A primeira pedra para edificação das 30 casas (todas de classe A), foi colocada quarta-feira 16, pelos ministros do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território do Desenvolvimento Rural, respectivamente, Antero Veiga e Eva Ortet.

O bloco das moradias está orçado cem mil contos, montante que inclui os trabalhos de acesso, arranjos exteriores e obras de beneficiação à escola de Achada Bel-Bel.
fonte: a Nação

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