terça-feira, 19 de março de 2013

Plante uma árvore, plante o futuro.



No âmbito do Dia Mundial da Árvore e da Floresta, que se comemora todos os anos a 21 de Março, a Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural – DGADR (antigo DGASP) realizou, sob o lema “Plante uma árvore, plante o futuro”, uma campanha de plantação de árvores no perímetro florestal de São Jorge.

Como forma de assinalar o dia 21 de Março, data em que se comemora o dia mundial da Árvore e da Floresta, a DGADR preparou um conjunto de actividades como palestras sobre a importância e a valorização das florestas, incidindo sobre a temática dos incêndios florestais, em várias escolas primárias e secundárias na cidade da Praia e em São Domingos.

Uma campanha de plantação em São Jorge, também, fez parte do leque de actividades agendadas. O evento contou com uma boa aderência dos técnicos e parceiro e com a presença da Ministra do Desenvolvimento Rural que, com satisfação, frisou a importância do Inventário Nacional Florestal, já publicado. “Agora já se pode ter o conhecimento da real situação florestal do país, tanto a nível da quantidade como da qualidade. Neste momento, confirmou-se que temos 90 mil ha de área reflorestada, ou seja, 10 ha mais do que a estimativa, que era de 80 mil. Podemos considerar a situação como satisfatória.” Segundo a mesma, “está-se a trabalhar para aumentar as áreas plantadas e reconverter o sentido da reflorestação”.

Carla Tavares, Directora Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, adiantou ainda que devido a grande importância da criação de espaços verdes na floresta urbana, “nesta semana, vai-se dar continuidade a plantação de árvores nos vários bairros da capital do país”.

A ideia do MDR é também, em parceria com as escolas, incentivar a plantação de árvores fruteiras nas cidades. “Porque é que plantamos Acácias se temos a possibilidade de plantar árvores fruteiras?” Questionou a Ministra.

 

A campanha de plantação que aconteceu no passado sábado em São Jorge dos Órgãos contou com a presença do representante da FAO, União Europeia, Embaixadas da França, EUA e da Líbia bem como a Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD).

Um passeio ecológico também fez parte da actividade, com a finalidade de valorizar o potencial turístico da localidade.

Instituída pela FAO em 1971, a data visa sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Escola Nacional de Hidroponia faz a sua primeira colheita.




A Escola Nacional de Hidroponia de Cabo Verde (ENHCV) já fez a sua primeira colheita de alface e pepino, produzidos na estufa, na manhã do dia 11 de Março. São variedades novas, que pela primeira vez estão sendo introduzidas em Cabo Verde.

Trata-se da primeira produção da Escola Nacional de Hidroponia de Cabo Verde, que apostou em sementes melhoradas, com alta qualidade nutricional e também alta capacidade de cultivo.

A introdução de novas variedades visa a promoção da pesquisa, a divulgação de novas espécies, bem como testar novas tecnologias de produção de estufa. Segundo o técnico responsável, essas espécies introduzidas, para além de terem um ciclo vegetativo mais curto, são mais agradáveis e mais apetitosas.

Destacam-se dos cultivos na estufa, duas variedades novas de alface, o Cojollo de Tudela, que é a alface mais comercializada na europa e Little Gem, mas também uma outra família de alface que é o ascarola. Estão também outros cultivares como pepino, aboborinha, etc. A produção é escalonada, sendo por isso a colheita é contínua. À medida em que se faz a colheita começa-se a transplantar novos cultivos, inclusive no caso do pepino cuja colheita é prolongada.

Essa vertente de produção da escola de hidroponia vai servir, não só de suporte às actividades práticas de formação, como também para demonstração e divulgação.

 ideia é, também, fazer com que a estufa seja auto-sustentável, vendendo as suas produções. A forma de comercialização está ainda a ser estudada mas, a escola pretende conseguir o seu próprio mercado através de contactos que garantem o escoamento de produtos para o mercado hoteleiro, para os restaurantes etc.
A ENHCV, cuja primeira pedra foi lançada em Junho de 2011, iniciará as suas actividades ainda este mês com formação de formadores, que terá uma duração de 3 meses. Os formandos já foram seleccionados e a previsão do início das aulas é para o próximo dia 20 de Março.

A escola será uma infra-estrutura de suporte a qualquer formação técnico-profissional a ser ministrada pelas diferentes instituições com programas de formação no domínio (CFA-INIDA, IEFP, etc.)

 


domingo, 10 de março de 2013

O Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA) introduz, com apoio da União Europeia, uma nova fruteira em Cabo Verde, a Pitaya.



 Brevemente será introduzida, em Cabo Verde, a Pitaya ou Pitahaya (frutadragão, fruta do cacto). É uma fruta que, para além de ter alto teor em vitaminas, adicionará novos sabores às opções crioulas.

Esta espécie adapta-se facilmente e bem em condições de falta de água e poderá ser mais um contributo à diversificação da fruticultura e ao rendimento dos agricultores cabo-verdianos. A polpa da fruta pode ser consumida ao natural e utilizada na preparação de refrescos, gelados, saladas, aperitivos, iogurte, mousses, geleias e doces.

Esta variedade já foi testada, com bons resultados nas Ilhas Canarias, pela empresa CULTESA, que tem fornecido plantas propagadas ‘in vitro’ ao INIDA, para plantação de 15 hectares de bananeira e cerca de 1 há de ananaseiro em terrenos de agricultores.

A introdução de Pitaya engloba-se dentro do projecto de relançamento da cultura da banana, um projecto orçado em 600 mil euros, co-financiado pela União Europeia no valor de 500 mil euros e pelo Governo de Cabo Verde em 100 mil euros.

O referido projecto, iniciado em 2011, tem uma duração de 2 anos e está sendo implementado pelo INIDA. O programa de relançamento da cultura da banana e diversificação da produção agrícola na ilha de Santiago, visa a  introdução de plantas propagadas ‘in vitro’, tendo como principal objectivo a massificação de fruteiras em Cabo Verde, nomeadamente mangueira e o Ananaseiro.  Alguns destes resultados são já visíveis, com o aumento crescente da oferta de banana em quantidade e qualidade no mercado.

Além disso, o projecto engloba a vertente investigação que se baseia na introdução de novas variedades tolerantes às principais doenças, e novas espécies de fruteiras para realização de testes de adaptação nas estações experimentais, desenvolvimento de acções no domínio da gestão integrada de doenças e pragas das culturas de bananeira e mangueira e promoção de inovações tecnológicas geradas pela investigação. Um facto também recente é a aposta dos agricultores na modernização dos seus sistemas de produção, particularmente na cultura de bananeira, com preferência para o sistema de rega gota a gota, que permite o uso eficiente de água e a utilização de variedades melhoradas, com o apoio técnico do INIDA.

Essa investigação abarca a introdução e o acompanhamento do comportamento das novas variedades a serem introduzidas nas bacias hidrográficas da ilha de Santiago, particularmente na Ribeira Seca (zonas da Barragem de Poilão) e algumas outras localidades das bacias hidrográficas dos Picos e Engenhos. No passado dia 28 de Fevereiro, novas variedades de bananeira e ananaseiro da BIOCLONE - Fortaleza, Brasil (empresa de produção de plantas propagadas in vitro) foram implementadas.

Este projecto tem incentivado o ressurgimento de parcerias entre INIDA e algumas instituições internacionais de renome. Como resultado destas parcerias, um protocolo de colaboração científica está em preparação com o Centro Internacional de Investigação Agrária para o Desenvolvimento (CIRAD) e uma visita de um técnico do Centro Canário de Investigação Agrária (ICIA), a ser realizada de 12 a 15 de Março.

 

segunda-feira, 4 de março de 2013

Conselho do MDR decorre na ilha do Fogo.


 

Ilha do Fogo acolhe o Conselho Geral do Ministério do Desenvolvimento, que arrancou ontem, dia 3, e vai até o dia 5 do corrente mês. O Evento, presidido pela Ministra Eva Ortet, decorre no Centro de Formação Profissional de São Felipe e conta com a participação de Dirigentes, Técnicos e Delegações do MDR em todas as ilhas.

O Conselho do Ministério é um órgão consultivo de natureza técnica e administrativa com as atribuições fundamentais de participar na definição das orientações das actividades do ministério; apreciar os relatórios de actividades e participar nos planos de actividades; pronunciar sobre a orgânica do ministério; assim como formular propostas e emitir pareceres sobre as questões ligadas à organização, funcionamento, regime de pessoal e relações do Ministério do Desenvolvimento Rural e outros serviços e órgãos de administração pública.

O MDR tem a missão de “Transformar o Meio Rural para Transformar Cabo Verde”, através de uma nova agricultura, entendida como a modernização e diversificação das actividades produtivas e o desenvolvimento integrado das comunidades rurais, com objectivos claros, que ultrapassam os clássicos objectivos de criar emprego, proteger o meio ambiente, garantir a segurança alimentar, e se projectam de forma ambiciosa na criação de riqueza, na empresarialização do sector, com prioridade para o empresariado jovem, contribuindo de forma robusta para o aumento do PIB e do crescimento económico

Portanto, a política do desenvolvimento agrícola e rural foi conferida ao MDR, cujas atribuições globais, consistem na coordenação e execução das políticas públicas em matéria de agricultura, silvicultura, pecuária, agro-alimentar, desenvolvimento rural e ainda superintender a política de segurança alimentar.

É Nesse contexto que realiza-se, todos os anos, o Concelho Do Ministério com o principal objectivo de concertar essas políticas e estratégias entre todos os intervenientes nesses domínios.

Outros dos objectivos são apresentar os diferentes eixos programáticos, os objectivos dos programas do MDR no quadro dos instrumentos de acção, bem como os respectivos projectos, socializando os principais indicadores e as correspondentes metas anuais até 2016. Pretende-se, igualmente, socializar as alterações em termos da gestão programática, do OGE 2013-2016.

Essa concertação anual vai permitir saltos qualitativos, no sentido de trabalhar de forma coordenada, no conceito da transformação da agricultura tradicional de subsistência, para uma agricultura moderna, orientada para o mercado, obedecendo a questões pragmáticas como, a rentabilidade da produção, os mecanismos de acréscimo de valor, a imagem, a marca, a certificação de qualidade, a distribuição e comercialização, de entre outros, sem contudo descorar as questões socioeconómicas e de tradição, que a agricultura de sequeiro representa.

Durante os três dias serão, também, exibidos os ganhos alcançados pelas Delegações do MDR em 2011/2012 no que diz respeito aos indicadores dos programas do DECRP III, a fim de contribuir para as metas anuais pré-fixadas nos programas do MDR a nível nacional. Isso será feito através da apresentação dos resultados das actividades dos projectos levados a cabo nas diferentes Delegações, traduzidos nos termos da sua contribuição para se alcançar as metas estabelecidas nos diferentes indicadores dos programas do MDR.

Deste modo, todos os Delegados farão as suas apresentações, permitindo assim, actualizar os dados e as estimativas já anteriormente disponibilizados, de forma sintética e homogénea a nível de todos os Concelhos. Os Delegados terão ainda a possibilidade de tecer algumas considerações sobre os indicadores propostos e sugerir outros indicadores que considerem relevantes em relação ao cumprimento do objectivo de cada programa e/ou relevantes para as atribuições/actividades do MDR.

O agronegócio como um sector que se quer alavancar não podia ficar fora do Conselho. Por isso, vai-se apresentar, analisar e discutir o tema: “O Agro-negócio no contexto da VIII Legislatura: Constrangimentos/desafios a vencer, potencialidades e resultados a alcançar”, com particular destaque para o enquadramento/contexto actual, as medidas de política em curso e a sua operacionalização e; qual é o Agro-negócio que o MDR, através das suas políticas públicas, quer incentivar/apoiar? Em particular para que as estruturas centrais e regionais possam ter orientações claras sobre o aconselhamento que as mesmas deverão fornecer a todos os operadores que pretenderem submeter propostas de agronegócios ao MDR e para que o desenvolvimento do agronegócio seja uma realidade em todos os Concelhos.

Para o cumprimento desses objectivos, pretende-se socializar com o colectivo do MDR, o documento de base do sector agrícola (em sentido lato), elaborado no quadro da preparação do DECRP III, bem como outras reflexões ocorridas noutros encontros/documentos, entre outros.

Posteriormente ao Conselho pretende-se elaborar um documento de referência sobre o agro-negócio, de modo a socializar com todos os técnicos e estruturas orgânicas do MDR, o entendimento e as orientações, nesta matéria, para que haja uma apropriação colectiva do mesmo, bem como ter uma visão integradora das diferentes actuações de outros parceiros, neste domínio, nomeadamente a ADEI.

Deverá, também, acontecer um debate em torno dos ganhos do sector agrícola, onde a Directora Geral da Agricultura Silvicultura e Pecuária fará uma apresentação sobre o assunto, permitindo um retracto global dos resultados já alcançados e antecipar um balanço, a meio percurso, desta Legislatura. Será ainda apresentado pela Direcção Geral do Planeamento Orçamento e Gestão, um balanço da execução financeira em 2012, utilizando o sistema SIGOF.

Os trabalhos começaram, ontem dia 3, com visitas de terreno e terminam no dia 5.

 

sexta-feira, 1 de março de 2013

MDR estuda parceria com Novo Banco.


O Ministério do Desenvolvimento Rural reuniu-se, no passado dia 26 de Fevereiro, com os representantes do “Novo Banco”, para uma possível parceria, visando criar possibilidades de microcréditos, tendo como beneficiários os pequenos agricultores.

O Governo, através do MDR, vem fazendo investimentos na área da agricultura, através de construção de grandes diques de captação de água, barragens, introdução de raças melhoradas e de novas variedades hortícolas, implementação e difusão de sistemas de rega gota-a-gota, e no domínio da pecuária.

Esses investimentos têm o propósito de modernizar a agricultura e capacitar os agricultores e criadores, de modo a produzir em qualidade e qualidade, conservar e transformar os seus próprios produtos e ganhar um espaço perante os mercados nacionais, sobretudo o mercado turístico/hoteleiro.

Uma das maiores dificuldades nesse processo é o acesso ao crédito. Um componente ainda muito fraco, que dificulta o sector no alcance dos progressos almejados. 

“ A produção agrícola pode sofrer ataques de pragas, doenças, danos causados pelas chuvas, factores que são difíceis de controlar e, justamente, esses factores fazem com que as instituições bancárias tenham um certo receio em financiar esse tipo de investimento”, acredita Carlos Monteiro, Coordenador da Unidade de Projectos do Gabinete do MDR.
Daí a necessidade de reunir-se com o “Novo Banco” para mostrar as potencialidades do sector agrícola e estabelecer uma base de colaboração futura em matéria de intervenção junto dos agricultores, através de microcréditos.
Houve um interesse por parte do “Novo Banco”, que espera informações mais detalhadas para o desenho das possíveis linhas de financiamento para pequenos agricultores e, também, um dossier sobre as áreas prioritárias de investimento.

Ilha do Maio com mais 200 m3 de água dia.

Garantia do Ministro foi dada esta quinta-feira, no segundo dia de visita ao Maio. Gilberto Silva reuniu-...