Jornal Internacional destaca avanço agrícola em Cabo Verde.

O jornal Alemão, Financial Times, na sua edição de Dezembro de 2012, deu um real enfoque a agricultura em Cabo Verde. Sob o título “Um Cabo Verde mais Verde” o jornal falou sobre o avanço que o país tem verificado a nível agrícola e da importância do sector para o desenvolvimento turístico.

No jornal é referido que Cabo Verde é um país dependente das importações, especialmente de alimentos básicos, particularmente os cereais, devido à baixa disponibilidade de solo arável aliado à pouca disponibilidade de água, o que levou a uma dependência de alimentos do exterior, mas que, nos últimos anos, o país conheceu grande desenvolvimento no sector agrícola e que simultaneamente o mesmo tem contribuído para o desenvolvimento do turismo nacional.

Na secção do “Globus Vision” destacou-se os grandes investimentos que o Governo tem direccionado às infra-estruturas agrícolas, como forma de aumentar a disponibilidade de água para a agricultura e pecuária atendendo também a demanda do turismo que tem crescido nos últimos anos, sector que foi eleito estratégico para o desenvolvimento sustentado do País

A Ministra, Eva Ortet, na entrevista concedida ao jornal, falou dos esforços que o país tem feito para desenvolver a agricultura incluindo a orgânica, com recurso a utilização de técnicas de micro irrigação, da agricultura hidropónica e de culturas protegidas.

O jornal não deixou de falar dos grandes investimentos que ainda estão sendo feitos para o desenvolvimento da agricultura, que passa pela construção de reservatórios, reforma da estrutura de produção do país e ao grande enfoque dado ao sector primário.

De acordo com a Ministra, pretende-se que o sector contribua cada vez mais para o aumento do PIB.

 

Promover sistemas agro-florestais exige novas políticas

 

De acordo com a FAO, milhões de pessoas poderiam escapar da pobreza, da fome e da degradação ambiental, se os países fizessem um maior esforço para promover os sistemas agro-florestais, uma abordagem integrada que combina a floresta com produção agrícola e animal.

O sector agro-florestal é uma importante fonte quer de produtos locais (lenha, madeira, fruta e forragem), como de produtos para exportação. Cerca de metade das terras agrícolas do planeta tem uma cobertura florestal de pelo menos 10 por cento, daí a importância dos meios de subsistência agro-florestais para milhões de pessoas.

Num novo guia publicado ontem, 5 de Fevereiro, destinado a decisores, conselheiros políticos, ONGs e instituições governamentais, a FAO explica como integrar os sistemas agro-florestais nas estratégias nacionais e como adaptar as políticas a condições específicas.

 “Apesar dos seus muitos benefícios, o sector agro-florestal é prejudicado por políticas adversas, restrições legais e falta de coordenação entre os sectores para os quais contribui, nomeadamente a agricultura, a silvicultura, o desenvolvimento rural, o meio ambiente e o comércio” adiantou Eduardo Mansur, Director da Divisão de Avaliação, Gestão e Conservação Florestal da FAO.

O potencial de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, através da diminuição da conversão de florestas em terras agrícolas e do sequestro de carbono nas árvores das explorações agrícolas está entre as novas oportunidades de se promover o agro-florestal.

Segundo o guia, os agricultores que introduzam árvores nas suas explorações devem ser recompensados pela prestação de serviços ambientais à sociedade através de incentivos financeiros ou de outros incentivos, incluindo subsídios, isenções fiscais, programas de partilha de custos, de micro crédito ou benefícios em espécie (serviços de extensão, desenvolvimento de infra-estruturas, etc.).

O guia foi desenvolvido pela FAO em colaboração com o Centro Mundial Agro-florestal (ICRAF), o Centro de Ensino Superior de Pesquisa Agrícola Tropical (CATIE) e o Centro Internacional de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (CIRAD).

 

 

Dia a dia no Mundo Rural.

 Modernização na agricultura no Maio.

 Abrigo do Agricultor (Fungo)

Luta biologica contra gafanhotos (Cigorana)

Cabo verde tem nas mãos a lata contra a desnutrição”

A revista internacional “Les Afriques” na edição 24-30 de Janeiro de 2013, produzida na sequência da realização de uma missão sobre a nutrição, efectuada no ano de 2012 dedicou 6 páginas a Cabo Verde. Com o título "Cap-Vert et malnutrition : le bon élève de la région, a revista não poupou elogios ao país ressaltando que Cabo Verde tem nas mãos, a luta contra a desnutrição.

A Les Afriques, com base no relatório de 2008 da Freedom House frisou que Cabo Verde além de ocupar o primeiro lugar na África para a liberdade de direitos civis e políticos é um dos países que alcançou os Objectivos do Milénio sobre o acesso à água potável em 2007, oito anos antes do previsto.

Economicamente, o Banco Africano de Desenvolvimento lembra que "no contexto global antes da crise, o país tem um dos melhores desempenhos económico do continente devido à vontade política e esforço conjuntamente com a vontade de inovar.

Se a situação na região contínua sendo difícil, os resultados mostram que para Cabo Verde a luta para travar a desnutrição está nas mãos. Segundo a “Les Afriques”, a situação melhorou significativamente ao longo das últimas duas décadas em relação aos países da região.

A Ministra,Eva Ortet, na entrevista dada à revista reiterou os investimentos feitos pelo Governo na mobilização de água. "Estamos construindo barragens (um já é activo), para mudar o sistema de produção, convertendo todas as parcelas agrícolas de sequeiro das culturas, a fim de produzir quando chove. Na irrigação de culturas, o governo tem focado no investimento em sistemas de produção de frutas e vegetais, pois é nesta área que podemos ser auto-suficientes. "

 

A nível da União Europeia a revista frisou que o Serviço Europeu para a Acção Externa, diz que Cabo Verde está no bom caminho para atingir a maioria dos Objectivos do Milénio.

Abordou-se ainda a questão da agricultura hidropónica no país, uma agricultura encarada como impulsionador para o futuro do sector agrícola, em que preserva – se a perda de água por evaporação, ao contrário das culturas convencionais.

A revista não poupou elogios aos esforços que o país tem feito ao longo dos anos para a mobilização e gestão de água para a agricultura em Cabo Verde.