sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Maio: Diques financiados por Portugal aguardam pelas chuvas.


Já estão na fase final de construção os 24 diques, um depósito e um muro de protecção na ilha do Maio. A informação foi avançada por Carlos Dias, delegado do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) na ilha do Porto Inglês, que informa que os diques deverão receber água das chuvas ainda este ano.

As obras para a construção dos 24 diques, a maioria deles nas bacias de Chico Vaz e Figueira Capado, arrancaram no ano passado, graças a uma linha de crédito do governo português no valor de 275 mil contos. O dinheiro deu ainda para construir um muro de protecção, um depósito de água e ainda foram executados sete furos.

Depois da conclusão destas obras, Carlos Dias dá conta do próximo passo: iniciar o projecto de aproveitamento de toda a água que vai ser armazenada. É que além de melhorar a vida dos agricultores e criadores de gado, os novos reservatórios vão permitir revolucionar a agricultura na ilha do Maio, sobretudo com o cultivo de hortaliças e legumes.

Quanto ao atraso na queda das chuvas, o delegado do MDR dá conta que os agricultores e criadores de gado estão apreensivos, mas ao mesmo tempo esperançosos. Entretanto, lamenta os riscos para a campanha agrícola de sequeiro e de pasto para os animais.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Barragem de Salineiro recebe as primeiras águas.

Barragem de Salineiro



A Barragem de Salineiro, na Ribeira Grande de Santiago, ainda na fase de construção, já recebeu as suas primeiras águas, na passada quarta-feira, dia 15 de Agosto. Essas águas ainda não podem ser distribuídas aos agricultores mas trouxeram esperanças na localidade e no Concelho.

As chuvas teimam em não cair mas as poucas gotas que ficaram retidas na Barragem do Salineiro, trouxeram esperanças para os agricultores da localidade e não só.

Lançada a 10 de Outubro de 2010, a Barragem tem a capacidade para armazenar cerca de 701.830 m3 de água/ano para irrigação de cerca de 60 hectares de terreno e beneficiar directamente cerca de 240 agricultores e 240 empregos sazonais,

José Ramalho, Representante da Delegação no Concelho, adianta que a água acumulada na Barragem, ainda não pode ser distribuída para os agricultores pois falta, ainda, a finalização das obras e instalação do Projecto Agrícola para a comunidade, englobando a rede de adução de água, as redes de distribuição, criação da Unidade de Gestão de águas da Barragem, distribuição de parcelas entre outros aspectos importante para elementares. Acrescenta ainda que só para o ano é que tudo vai estar pronto para utilização de água e prática da agricultura.

A Barragem de Salineiro tem cerca de 25 metros de altura total, 8 metros de altura de fundação, 20 metros de altura do descarregador e 162 metros de comprimento no coroamento e vai ter uma ponte no coroamento, que liga as duas margens a estrada projectada para Calabaceira e Salineiro. O objectivo é atender a ideia de transformar o centro histórico de Cidade Velha numa via pedonal com esplanadas, ornamentação de espaços e parques automóveis em Achada Forte.






terça-feira, 14 de agosto de 2012

Estatística agrícola reforçada: MDR solicitou e a FAO atendeu.



A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) assinou, no passado dia 09 de Agosto, o acordo de financiamento do projecto “Assistência ao Reforço e Modernização do Sistema de Estatísticas Agrícolas e Preparação do Recenseamento Geral da Agricultura”, orçado em 472 mil dólares (aproximadamente 42.428.080 ECV) e com uma duração de 16 meses.

Foi no Ministério das Relações Exteriores que Frans Van de Ven, em representação da Organização selou o compromisso com Fernando Wahnon Ferreira, em representação do Governo de Cabo Verde.

O projecto surge a pedido do Governo, através do Ministério do Desenvolvimento Rural, que solicitou a assistência da FAO para reforçar o seu sistema estatístico para a agricultura. A cooperação permitirá renovar e modernizar o sistema de estatísticas agrícolas cabo-verdiano, com auxílio às novas metodologias e tecnologias de colecta de informações, adaptando assim às necessidades actuais e emergentes dos utilizadores, em matéria de dados disponíveis pertinentes e fiáveis.

É de recordar que no quadro do Programa de Cooperação Técnica – PCT Facility da FAO, uma missão conjunta entre esse organismo internacional e o Instituto Brasileiro de Geografia e de Estatística (IBGE), deslocou-se à cidade Praia, para verificar e propor uma estratégia de reforço das estatísticas agrícolas, em linha com a Estratégia Mundial de Reforço das Estatísticas Agrícolas e Rurais elaborada pela FAO, pelo Banco Mundial e vários parceiros nacionais e internacionais. O projecto foi também adoptado pela Comissão Estatística das Nações Unidas em 2010.

O objectivo deste projecto é contribuir na implementação desta estratégia e reforçar a capacidade do sistema estatístico nacional, para produzir atempadamente e com maior rigor um conjunto de dados actualizados sobre o sector agrícola. A exigência é que sejam facilmente acessíveis e que correspondem às necessidades prioritárias dos utilizadores e preparar o próximo Recenseamento Geral da Agricultura (RGA).

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Discurso proferido pelo Director-geral da FAO, José Graziano da Silva.





“A academia tem um papel importante na luta contra a fome” – Director-geral da FAO

Maior envolvência por parte dos académicos na investigação essencial e politicamente importante sobre a pobreza rural, sector alimentar e agrícola relativamente aos produtores de pequena escala foi o desafio lançado num discurso proferido pelo Director-geral da FAO, José Graziano da Silva.

Graziano da Silva reconhece que é um desafio usar o conhecimento académico para entender e melhorar a vida das populações rurais em todo o mundo e que é necessário observar a realidade fora dos muros das universidades.

José Graziano da Silva apelou aos académicos que desempenhem o seu papel após detalhar o que consideram como as questões mais prementes em matéria de luta contra a fome e o subdesenvolvimento rural – desde a insegurança alimentar, as deficiências nutricionais e os alimentos nocivos, até à concorrência desigual entre produtores de alimentos de pequena e grande escala.

Incentivou as universidades a investirem na agricultura ou na apropriação de terras para a realização de investigação acerca dos princípios agrícolas responsáveis.

Uma outra área que deve ser de interesse académico frisado pelo Director-geral da FAO é a de como pode-se integrar os agricultores de pequena escala nas cadeias agrícolas e alimentares acrescentando que há uma crescente concentração na cadeia agrícola e alimentar e que isso tem um impacto sobre os agricultores de pequena escala.

“Se queremos que mais pessoas tenham uma dieta saudável, baseada em alimentos frescos, teremos de reduzir os custos de transporte e armazenamento, mas também as perdas e desperdícios alimentares”, explicou.

Um outro aspecto mencionado pelo Graziano da Silva diz respeito aos mercados e as condições de trabalho rural que segundo ele são muitas vezes extremamente pobres e que a legislação laboral é mal implementada e o acesso à protecção social limitado.

Concluiu dizendo que todas essas questões precisam de um melhor esclarecimento conceptual e de propostas práticas por parte de académicos e decisores políticos”.




Ilha do Maio com mais 200 m3 de água dia.

Garantia do Ministro foi dada esta quinta-feira, no segundo dia de visita ao Maio. Gilberto Silva reuniu-...