quarta-feira, 31 de julho de 2013

“Cabo Verde está num bom caminho em matéria do desenvolvimento agrícola”

Helena semedo PM2Helena Semedo, a nova Directora geral Adjunta da FAO, esteve ontem, 30 de Julho, num encontro com o Primeiro-ministro, José Maria Neves e a Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet. No encontro, a Directora elogiou os avanços do país a nível agrícola, sem deixar de realçar a necessidade do sector privado ter um papel mais activo no sector agrícola.
Segundo Helena Semedo, o encontro foi aproveitado para discutir a cooperação existente entre a FAO e Cabo Verde, nas áreas actuais e áreas futuras de cooperação, em especial no domínio da transformação, gestão e valorização das novas infra-estruturas bem como, de que pode-se estabelecer parcerias público – privadas na gestão das novas infra-estruturas.
Helena semedo PMNa companhia da Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, a nova Directora Geral Adjunta da FAO elogiou os avanços que o país tem tido em matéria do desenvolvimento agrícola mas segundo a mesma “é preciso uma maior intervenção por parte do sector privado”.
 “Há que se ter consciência de que o Estado não pode assumir tudo. Questões como o crédito, acesso às sementes melhoradas, serviço de extensão rural, acesso às novas tecnologias, entre outras, são questões já assumidas pelo Estado, mas já é altura do sector privado passar a investir no sector de forma a torna-lo mais dinâmico e competitivo”sublinhou Helena.
Quanto as relação da FAO com Cabo Verde, a Directora garante que continuarão a haver relações normais entre a organização e o país e como Cabo-verdiana que é , terá um olhar especial e com carinho para com o país.
Helena semedo PM3“Tudo farei para que a cooperação com o país seja reforçada nas áreas da minha influência” tranquilizou Helena Semedo.   
Para a mesma o país já traçou um bom caminho trabalhando namobilização de água que é só mais um meio para produzir mais. Feito isto, acredita que o próximo passo será continuar a trabalhar na valorização da produção, como forma de diminuir a percentagem de perdas pós – colheita, que ainda são registadas.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Abertura Oficial da Iª Feira Internacional do Agronegócio de Cabo Verde.


Outdoor-Agronegocios-2013
É já amanhã, 26 de Julho, pelas 17h00, a abertura Oficial da Iª Feira Internacional do Agronegócio, que será presidida pelo Primeiro-ministro, José Maria Neves, na presença da Ministra do Desenvolvimento Rural e do Presidente da FIC.
Sob o lema, «Empresarialização do sector agro-pecuário em Cabo Verde» a realização da 1ªFeira Internacional de Agronegócio de Cabo Verde visa promover e dinamizar a empresarialização do sector agro-pecuário, a sua promoção, internacionalização, fomentar o aumento da produção bem como, aproximar os produtores locais das inovações tecnológicas e das soluções e transformações do agronegócio, existentes a nível internacional, tendo como fim último o crescimento e o desenvolvimento socioeconómico do sector.
Fruto de uma estreita parceria com a FIC S.A e a Câmara Municipal de Santa Cruz, o Ministério do Desenvolvimento Rural, pretende ainda, divulgar e promover a produção nacional, sensibilizar os produtores para uma maior aposta na qualidade dos produtos e melhoria da sua apresentação, de entre muitos outros factores que farão aumentar seguramente, a competitividade do sector agro-pecuário do país.
A feira realizar-se-á durante os dias 26, 27 e 28 de Julho no Hangar do antigo Aeroporto, cidade da Praia, Santiago. 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Esta Barragem combina connosco.

faveta3No passado Sábado, 20 de Julho, o município de São Salvador do Mundo, interior da ilha de Santiago, viu ser inaugurada a tão esperada Barragem de Faveta. Com capacidade para irrigar cerca de 86 ha de terreno, a Barragem beneficiará cerca de 444 famílias do município.
No mesmo dia em que o município de São Salvador do Mundo comemorou o 8º aniversário da sua criação, o município teve mais um motivo para festejar. A inauguração da Barragem de Faveta.
Na sua intervenção o Primeiro-ministro, José Maria Neves, disse, ser um homem feliz por ver que hoje, o poema de António Nunes e o sonho dos Cabo-verdianos estão a se concretizarem – sonho de ver águas correndo por levadas enormes e plantas a apontar. Feliz por ver que os agricultores poderão sair das incertezas das chuvas de Julho com a criação de várias barragens nos vários pontos do país.
José Maria Neves acredita que a construção da Barragem vai mudar a vida de muitas famílias do município como das zonas circundantes, desenvolvendo dessa forma toda a agricultura e pecuária.
faveta2 A grande aposta, diz o Primeiro-ministro, passa agora por trabalhar a questão da transformação e embalagem de produtos agrícolas, algo que passou a ser possível com o Centro de Formação Profissional em Transformação Agro-alimentar de São Jorge dos Órgãos, inaugurado a 15 de Julho deste ano.
A Ministra Eva Ortet acredita que a inauguração desta Barragem “é mais uma pedra que está-se a colocar para o desenvolvimento de Cabo Verde e mais um passo para acabar com o desemprego no país. Cerca de 444 famílias serão beneficiadas com a Barragem”. 
faveta4Quem não conseguiu esconder a sua felicidade com a inauguração da Barragem de Faveta foi, o Presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, João Baptista Pereira que disse que “ a Barragem de Faveta combina com os São – salvadorenhos e que esta construção virá inverter os dados que apontam que ainda há casos de pobreza na localidade, criando mais postos de emprego.”
João Baptista finalizou desejando mais prosperidade para São Lourenço dos Órgãos.  
De realçar que a Barragem de Faveta é a única Barragem a ser inaugurada com água. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ribeira Grande de Santiago: Mosca da fruta preocupa agricultores.



MangaAgricultores da Ribeira Grande de Santiago (RGS) estão receosos por causa da “mosca de fruta” que teima em aparecer todos os anos, atacando as suas mangas. A Delegação do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) minimiza as preocupações.

“Bractocera Invandens” é assim o nome científico da “mosca de fruta” que está a preocupar muitos dos agricultores das zonas circundantes à Cidade Velha, em RGS. Olívio Martins é um deles e diz já não saber o que fazer. “É a mesma praga que aparece todos os anos e segundo informações terá entrado em Cabo Verde em frutas que vieram de países da África”, afirma.

Contactado, o delegado do MDR da região sul de Santiago confirma que a porta de entrada da mosca de fruta terá sido as alfândegas que não fizeram uma boa fiscalização e que isso tem provocado alguns estragos. José António Semedo garante contudo que o INIDA já encontrou uma solução para o combate da praga e está a trabalhar para que cause o menos danos possíveis nas colheitas. “Existe uma equipa técnica, comandada por Alfricene Valdez, do INIDA, que dá cobertura a todas as áreas afectadas”, explicou.
O MDR tomou conhecimento dessa nova praga entre 2003 e 2005, mas só em 2007 é que o problema se agravou. “Os técnicos foram recolher a amostra e enviamos para o centro de investigação e caracterização no Quénia e só aí ficamos a saber do que se tratava, realmente”.
Este delegado afiançou no entanto a este semanário, que os estragos provocados até agora não são muito por aí além. “Existe uma solução que se ensina aos agricultores onde podem colocar 5tc de creolina na água e pendurá-la nas árvores em recipientes amarelos”, diz, “uma cor que atrai essas moscas”.
Ainda de acordo com Semedo, o MDR tem uma equipa que se desloca periodicamente às localidades afectadas para sensibilizar os produtores no sentido de utilizarem a referida solução no combate ao insecto.
“Essas moscas são mais atraídas para frutas maduras e depositam ovos que acabam por estragar as mangas, mas são inofensivos à saúde do homem”, assegurou.
Carla Gonçalves

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Inauguração da Barragem de Faveta.


favetaA inauguração da Barragem de Faveta se realiza no próximo Sábado, dia 20 de Julho, pelas 10H00, sob a presidência do Primeiro-ministro, Dr. José Maria Pereira Neves, na presença da Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet e várias entidades nacionais e internacionais.
Trata-se de uma infra-estrutura hidráulica de captação de água de escoamento superficial com capacidade para armazenar 670.620 m? de água ano, podendo ainda reter mais 300.000 a 400.000 m?/ano, resultante de escoamento superficial durante uma boa parte do ano (Outubro a Abril), o que permite irrigar cerca de 86 hectares de terra nas zonas de Faveta, Lém Monteiro, Mato Forte, Achada Leitão, Boa Esperança Várzea Grande, Covoada, Poilão de Leitãozinho e Manhanga.
A construção desta Barragem e a instalação da rede de adução, estão orçados em 437.394.879.00sendo financiamento assegurado no quadro do “Programa Energia Renováveis Ambiente e Mobilização de Água” – PERAMA e o Projecto Barragem e Modernização de Agricultura – PBMA, co-financiados pelo Governo Português e Cabo-verdiano.
Além da sua construção,  o MDR, através do Programa LCP, a Empresa Luís Frazão vem executando um projecto complementar na construção de uma estação elevatória a jusante dessa barragem, a instalação da rede de adução e a construção de um reservatório de 1000 m3 de capacidade na zona de Cachéu, de modo a permitir a irrigação nas zonas Várzea Grande, Covoada, Boa Esperança, Poilão de Leitãozinho, Achada Leitão e Manhanga, garantindo emprego permanente a cerca 344 agricultores, independente de empregos sazonais.
O “Programa de Energias Renováveis Ambiente e Mobilização de Água”, prevê a mobilização de águas de escoamentos superficiais e subterrâneas, através de implementação de obras hidráulicas com destaque para a construção de 6 barragens, nas zonas de Salineiro, Faveta, Saquinho e Figueira Gorda na ilha de Santiago, Canto Cagarra na ilha de Santo Antão e Banca Furado na ilha de São Nicolau, 70 perfurações, ensaios de bombagem e construção de abrigos de protecção das mesmas, nas ilhas da Brava, Fogo, Santiago Sul, Santiago Norte, São Nicolau e Santo Antão, 29 diques nas ilhas do Maio e da Boavista, bem como a instalação de sistemas de captação, bombagem adução, armazenamento e distribuição de água, nos concelhos de São Salvador de Mundo – Picos, Paul, Ribeira Grande e São Filipe, no valor de 5.691.567.530,00 (incluindo o projecto agrícola que está em curso).
O programa tem como objectivo principal a mobilização de água e a modernização da agricultura, prevendo a captação de 9.352.080 m?/ano de águas de escoamentos superficiais, sub – superficiais e subterrâneas que correspondem a uma disponibilização média de 31.174 m?/d para apoiar a modernização e o desenvolvimento de actividades agropecuárias no meio rural nas ilhas acima referenciadas, irrigando cerca de 959 hectares de terra.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

São Miguel: Barragem de Flamengos já tem financiamento.

O contrato para a construção da barragem de Flamengos, incluindo a respectiva adução de água no concelho de São Miguel (no interior de Santiago), já tem financiamento.
O contrato para a construção desta infra-estrutura hidráulica, que ronda os 360 mil contos, é assinado, quarta-feira, 17, entre o Governo de Cabo Verde e a empresa Monte Adriano, na Casa Grande do MDR, em Flamengos (São Miguel). Os trabalhos vão ser executados no decurso de 15 meses.
Na sequência serão também assinados contratos de empreitadas para realização de obras de mobilização, armazenamento e distribuição de água para agricultura, nas ribeiras de Principal e Flamengos, com a empresa Mota-Engil.
Estes projetos incluem, também, a construção de diques de captação de água, reservatórios e furos.
Este conjunto de obras enquadra-se no âmbito do acordo empréstimos assinado entre o Governo da República de Cabo Verde e o Banco Árabe para o Desenvolvimento Econômico em África (BADEA), em Julho do ano 2009, e visa contribuir para o fortalecimento da segurança alimentar e reduzir a pobreza das populações nas Bacias Hidrográficas de Flamengos e Principal.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Centro de Formação Profissional em Transformação Agro-alimentar já é realidade.


CFPTA mesa PMFoi inaugurado hoje, 15 de Julho, o Centro de Formação Profissional em Transformação Agro-alimentar na localidade de São Jorge dos Órgãos. Diversificar o sector de transformação agro-alimentar no país é um dos grandes objectivos do Centro.
O Centro de Formação Profissional em Transformação Agro-alimentar é fruto de uma parceria entre o Governo e a Cooperação Luxemburguesa orçado em cerca de 700.000.00 euros.
CFPTA iefpNas palavras do Administrador executivo da IEFP, Vargas Melo, “com o Centro pretende-se apoiar o sector da transformação, promover a modernização do sector de produção com as novas tecnologias, melhorar a qualidade dos produtos que chegam ao mercado e melhorar os métodos de processamento de produto tradicionais através de técnicas modernas de qualidade.
Com especialidades em conservação e transformação de carnes, pescados, lacticínios, frutas, legumes e bebidas, o Centro pretende ser ainda uma instituição vocacionada para a formação profissional dos jovens e/ou adultos e acção de aperfeiçoamento e especialização destinados a todos os profissionais e intervenientes do sector.
CFPTA LuxPara Marc de Bourcy, representante da Cooperação Luxemburguesa, o Governo deve continuar a apostar na formação profissional dos jovens de forma a aperfeiçoa-los no domínio de transformação agro-alimentar, opinião partilhada pelo Primeiro-ministro que diz que “ está-se a apostar na promoção de formação profissional como forma de ajudar as pessoas a mudarem o mundo rural”.
CFPTA PM“Está-se a fazer uma profunda revolução no mundo rural. Com os grandes investimentos feitos na mobilização de água e com o aumento da produção, quer-se que os agricultores passem a agregar valor ao seu produto desde a colheita até quando o produto chega aos mercados. No sector da transformação/agronegócio o agricultor conseguirá fazer isso” diz o Primeiro-ministro, José Maria Neves.
O Centro de Formação Profissional em Transformação Agro-Alimentar está localizado nas mediações do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário – INIDA.
CFPTA alunosA criação do Centro surgiu no âmbito do Projecto CVE/071, – Apoio ao Programa Nacional de Emprego e Formação Profissional (PAPNEFP) da Lux Development com o objectivo de desenvolver um projecto abrangente no domínio do Ensino Técnico/Formação Profissional e da inserção no mercado de trabalho.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Convite da Inauguração da Barragem de Faveta.


A Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet estará de visita amanhã, 12 de Julho, às áreas de implementação do projecto “Relançamento da Cultura da Bananeira.

Eva Ortet visita áreas de Implementação do projecto "Relançamento da Cultura da Bananeira" em Santa Cruz


Co-financiado pela União Europeia e pelo Governo de Cabo Verde, o projecto arrancou em 2011 e está enquadrado no programa relançamento da cultura da banana e diversificação da produção agrícola em Cabo Verde.
O projecto tem como objectivo principal, o relançamento da cultura da banana, através da introdução de culturas in vitro, tendo como objectivo maior, a luta contra a praga da bananeira e o aumento da produção da banana, fazendo, ao mesmo tempo, a promoção de novas culturas de fruteiras como ananaseiro e mangueira.
A pôr termo às visitas, está prevista a visita da Ministra a Barragem de Figueira Gorda.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Validada proposta de guia de exploração de hortos escolares para fins pedagógicos.


FICASEA FICASE, em parceria com o Ministério de Educação e Desporto, realizou hoje, 9 de Julho, o atelier de validação do Guia de Horto Escolar para fins pedagógicos. O atelier está enquadrado no Programa Conjunto das Nações Unidas, “Apoio à segurança alimentar e nutricional nas escolas.
O Programa Conjunto das Nações Unidas, “Segurança alimentar e nutricional nas escolas”, vem apoiando as instituições nacionais (MED, FICASE e MDR) a promover a utilização de hortos escolares para fins pedagógicos nas escolas do ensino básico.
Nesse quadro foi elaborado uma proposta de guia de exploração dos hortos escolares, enquanto ferramenta didáctica destinada aos professores do ensino básico, alunos e demais membros da comunidade educativa e funcionará como instrumento de apoio científico e pedagógico em todas as disciplinas do plano curricular do ensino básico. Servirá ainda de base para a organização de um curso para professores do ensino básico, previsto para o próximo ano lectivo.
Na base da realização do atelier esteve a apresentação e recolha de subsídios para o aprimoramento do programa de apoio às cantinas, como também, a promoção e troca de experiências entre as diferentes ilhas cobertas pelo teste da proposta de guia.
O atelier foi realizado na Biblioteca Nacional, na cidade da Praia e no próximo dia 12 de Julho, será realizado o mesmo, na cidade de Mindelo, na sala de Conferência da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços de Barlavento (CCIASB).

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Agricultores do Fogo registam prejuízos por não conseguirem escoar mangas.


8 de Julho de 2013 em Economia » Nacional
Os agricultores e proprietários de terrenos na zona norte da ilha do Fogo (parte de São Filipe e dos Mosteiros) estão a registar prejuízos devido há pouca saída da produção de mangas.
Segundo os agricultores, a produção de manga este ano é inferior à do ano passado, por causa de factores climáticos como o vento, ainda assim dizem que enfrentam problemas com o escoamento porque o mercado da ilha está saturado.
Nas zonas de produção da fruta, as mangas estão a ser vendidas a uma média de seis escudos por unidade (3 a 4 mangas por 20 escudos) mas mesmo assim a capacidade da oferta supera a da procura.
Neste momento, além do mercado municipal de São Filipe, o mais importante da ilha, podem-se encontrar grandes quantidades de vendedeiras estacionadas nas ruas de maior movimento e passagem de pessoas a comercializarem as mangas, um cenário pouco habitual.
Luciano Silva, agricultor e produtor da zona de Atalaia, Mosteiros, disse que os agricultores estão a ter “prejuízos consideráveis” devido a problemas no escoamento para outros mercados ou da inexistência de unidades de transformação de frutas.
“É lamentável que as mangas, papaias e outras frutas continuem a ser utilizadas na alimentação de animais”, disse o produtor à Inforpress, indicando que já é altura do Ministério do Desenvolvimento Rural e outras autoridades darem maior atenção ao sector com a instalação de pequenas unidades de transformação.
A construção do centro de certificação, selecção, embalagem e comercialização de Monte Barro, cujos equipamentos estão a ser instalados para que a inauguração aconteça a 21 de Julho, vai, no entender de Luciano Silva, “minimizar a situação mas não resolverá todo o problema”.
A título de exemplo, disse que os produtores dos Mosteiros continuam a ter prejuízos com os transportes, anotando que os produtores dos Mosteiros defendem a instalação de uma pequena unidade de selecção de produtos no município, antes do seu envio para o centro de pós-colheita, dado o potencial no domínio das frutas como a manga, citrinos, goiabas, caju e papaia.
Apesar desta situação, os produtores de Atalaia reclamam uma presença mais forte do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) sobretudo na realização de trabalhos de correcção e conservação de solos nos vales e encostas de modo a evitar que o material orgânico continue a ser arrastado para o mar, deixando as árvores desprotegidas e com pouca capacidade de produção.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mobilização das águas superficiais e do reforço da gestão integrada dos recursos hídricos.


atelier MAS1O Ministério do Desenvolvimento Rural, em parceria com o Banco Africano para o Desenvolvimento realizou hoje, 3 de Julho, na cidade da Praia, o atelier de lançamento do projecto“Mobilização das águas superficiais e do reforço da gestão integrada dos recursos hídricos”. O projecto visa realizar estudos preliminares de viabilidade técnica e financeira de mais 10 barragens para o país.
Numa semana marcante para o MDR, depois da inauguração da barragem de Salineiro, lançamento oficial da Iª Feira Internacional do Agro negócio, inauguração do Centro Nacional de Hidroponia, hoje, foi feito o lançamento do projecto “Mobilização das águas superficiais e do reforço da gestão integrada dos recursos hídricos” financiado pelo BAD.
O projecto realizará estudos preliminares de viabilidade técnica e financeira de mais 10 barragens distribuídas pelas ilhas de Maio, Santiago, S. Nicolau, Boavista e Santo Antão. Entre as 10, 5 serão escolhidas para a elaboração de estudos e projectos detalhados, ficando prontas para o processo de mobilização dos recursos financeiros necessários para a sua construção.
Na abertura do atelier, a Ministra Eva Ortet reafirmou que “o projecto vem contribuir para a criação de condições adicionais para que se possa chegar o quanto possível, da meta traçada pelo Governo, já que no programa do Governo para esta VIII Legislatura, está prevista a construção de 17 barragens, sendo que 8 estão já garantidas, estando já 3 praticamente concluídas e as restantes 3 em construção avançada. Quanto às outras duas, a de Flamengos, vai ser atribuída brevemente e a de Principal, com lançamento de concurso previsto para breve.”
atelier MASNas palavras de Sering Jallow, Director do Departamento de Água e Saneamento Facilité Africaine de l’Eau, do BAD, com o contrato já assinado com o Governo de Cabo Verde houve a concessão de um montante de 1 410 000 euros para a elaboração do projecto de mobilização das águas superficiais e do reforço do quadro para a gestão integrada dos recursos hídricos.
Para o BAD, o apoio se encaixa perfeitamente com a estratégia de longo prazo do Banco, que é crescimento inclusivo e do desenvolvimento verde, e contribui para a resiliência das comunidades às mudanças climáticas.
atelier MAS2Durante o período 2012-2016, a Facilité Africaine de l’Eau incidirá essencialmente sobre o investimento necessário para o desenvolvimento e gestão da água em África, incluindo projectos e programas de alto impacto para populações, como o acesso à água potável, saneamento e higiene, uma melhor gestão da água na agricultura, o acesso à energia eléctrica a partir de energia hidroeléctrica, bem como protecção contra inundações, pescas, transportes, indústria, turismo e gestão ambiental. 

Mais de uma centena de estufa para cultivos protegidos já foram instaladas no país.

Mais de uma centena de estufas para cultivos protegidos já foram instaladas no país
Mais de uma centena de estufas para cultivos protegidos e mais de três dezenas de unidades hidropónicas já forma instaladas em Cabo Verde com investimento do sector privado, revelou esta terça-feira, a ministra do Desenvolvimento Rural (MDR), Eva Ortet.
A informação foi dada durante a cerimónia de inauguração do Centro Nacional de Hidroponia, na Cidade da Praia, tendo a governante lembrado que, actualmente, Cabo Verde dispõe de várias instalações de culturas protegidas e hidropónicas nas ilhas de Santiago, Sal, Boa Vista, São Vicente e Santo Antão.

Perante estes investimentos, Eva Ortet defendeu a necessidade de capacitação dos técnicos para o acompanhamento e a assistência técnica a essas unidades, da formação dos agricultores e de todos quantos enveredarem para este tipo de produção, visando a optimização do desempenho dessas infra-estruturas.

“É neste âmbito que o Governo, através do MDR e em parceria com a cooperação espanhola, implementou um projecto inovador no sector da produção agrícola em qualidade e quantidade”, do qual faz parte o primeiro Centro Nacional de Hidroponia, hoje inaugurado, realçou.

Este Centro, sublinhou a ministra, terá um “papel importante” na implementação da estratégia do Governo de massificação de novas tecnologias de produção, visando o aumento da produção agrícola em Cabo Verde.

Segundo Eva Ortet, as estufas de cultivos protegidos e de unidades hidropónicas vêm constituindo uma opção para a produção agrícola, sobretudo em ilhas e zonas onde o solo e a água são factores limitantes, nomeadamente Sal e Boa Vista.

Nas ilhas do Sal e Boa Vista, disse Eva Ortet, a produção hidropónica de produtos, nomeadamente tomate, alface, pepinos e outros, vêm conquistando o mercado turístico/hoteleiro.

A ministra disse também que novas perspectivas se abrem para intensificação da produção agrícola nas faixas periurbanas das cidades cabo-verdianas.

O primeiro Centro de formação, financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), no montante de 815.164,3 euros (89 mil contos), tem como objectivo melhorar a promoção e intensificação da hidroponia e melhorar a produção agrícola em Cabo Verde.

O projecto contempla uma infra-estrutura com equipamentos necessários para as actividades do Centro, que incluem sala de aula, estufa, viveiro, câmara de conservação e maquinarias, e formação em técnicas de hidroponia para técnicos e produtores agrícolas.


terça-feira, 2 de julho de 2013

A primeira Escola da Hidroponia em Cabo Verde.

Escola de Hidroponia pode produzir cerca de 65 mil quilos de produtos (A Semana)

CORREIO DAS ILHAS

Escola de Hidroponia poderá produzir cerca de 65 mil quilos de produtos02 Julho 2013

Cabo Verde já tem a sua primeira Escola de Hidroponia e Culturas Protegidas. O novo centro, que ocupa uma área de dois hectares de terreno no bairro de Achada São Filipe, Praia, tem uma área de cultivo (estufa) de cinco mil metros quadrados, com capacidade para produzir cerca de 65 toneladas de alimentos em cada ciclo (12 a 14 quilos por m2 em dois a três ciclos anuais). Além disso, irá servir para formação de agricultores e técnicos, investigar e trazer melhorias significativas na produção agrícola.

Escola de Hidroponia poderá produzir cerca de 65 mil quilos de produtos
Tomate, pimentão, beringela, melão, alfaces, morango, cerejas, melancia são alguns dos muitos produtos frescos, limpos e de boa qualidade que vão passar a sair do novo centro de Hidroponia, em cada ciclo de produção. Entretanto, num futuro próximo pode-se apostar na produção ao ar livre. Neste momento, os alimentos que foram expostos para a visita guiada destinam-se ao consumo nacional – escolas, hotéis e mercados – mas a ideia é apostar na exportação num prazo de dois anos.
Além disso, a escola vai receber formandos em todos os tipos e técnicas agrícolas. Num primeiro momento, os fundos destinam-se à investigação e formação, mas a partir do segundo ano os lucros poderão chegar aos seis mil euros anuais, projectou um dos técnicos ao asemanaonline. Sala de aulas, viveiros, sementeira são algumas das outras valências da infra-estrutura.
JMN: "Profunda transformação do sector agrícola"
Na inauguração esta manhã, o Primeiro-ministro, José Maria Neves, considerou que a Escola de Hidroponia veio romper com práticas do passado e criar algo de novo para o crescimento e desenvolvimento de Cabo Verde. “Estamos a realizar os nossos sonhos e a fazer uma profunda transformação do sector agrícola em Cabo Verde. Vamos formar, produzir plantas, investigar e apoiar os agricultores em todo o país na introdução de novas tecnologias de produção agrícola. Também na empresarialização do sector e na introdução do agro-negócio no mercado turístico cabo-verdiano”, defende o Chefe do Governo, para quem mais tarde haverá o reequilíbrio dos preços no mercado.
Por sua vez, a Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, avança que o país assume agora como uma das prioridades a introdução de inovações na agricultura. “A mobilização dos recursos hídricos só será relevante através da sua valorização, introduzindo novas tecnologias de produção e transformação agrícolas”, considera a ministra, para quem novas perspectivas se abrem na melhoria das condições de vida.
Espanha apoia com 97 milhões de euros em cinco anos
O Centro de Hidroponia e Culturas Protegidas foi financiado pela Agência Espanhola de Cooperação e Desenvolvimento (AECD), no valor de cerca de 90 mil euros. O Embaixador da Espanha em Cabo Verde, José Miguel Corvinos, diz que é um projecto significativo para Cabo Verde, mas os investimentos não ficam por aqui.
Recorda que de 2007 a 2011 a Espanha canalizou um total de 77 milhões de euros para ajudas em Cabo Verde e 20 milhões de euros de apoio orçamental de 2007 a 2012, o que faz da Espanha um dos maiores parceiros do nosso país no desenvolvimento rural, na luta contra a fome e melhoria das condições de vida das pessoas. José Miguel Corvinos mostra-se por isso muito satisfeito e diz que esta cooperação tem tido os resultados desejáveis.
RP

Ilha do Maio com mais 200 m3 de água dia.

Garantia do Ministro foi dada esta quinta-feira, no segundo dia de visita ao Maio. Gilberto Silva reuniu-...