sábado, 14 de fevereiro de 2015

Produção de aguardente de cana-de-açúcar passa a ser controlada.

                            
                                                                                         
                           
                                                                                                                                                    


Todo o processo de fabricação da aguardente de cana-de-açúcar vai passar a ser submetido a um rigoroso controlo por forma a respeitar os teores de componentes químicos estabelecidos pela lei e garantir a qualidade do produto, salvaguardando a saúde do consumidor.



  O diploma publicado esta quinta-feira estabelece as normas que vão orientar toda a produção da aguardente de cana-de-açúcar desde a matéria-prima utilizada para o fabrico do grogue até o produto final.



Regulamenta os procedimentos para o licenciamento e os parâmetros de qualidade do produto, a qualidade e segurança sanitária, denominação de venda, denominação de origem e o período de industrialização da cana-de-açúcar e selagem do alambique.     



O diploma estabelece contraordenações puníveis com coima que vão dos 80 mil escudos até um milhão de escudos para a produção de grogue fora dos limites constantes na lei; para a falta, insuficiência ou inexactidão das menções obrigatórias de rotulagem previstas; para a produção fora do período estabelecido e para a produção do grogue sem licenciamento industrial.



Para as demais infracções às regras de produção, boas práticas de fabrico e higiene constantes no diploma estão previstas coimas que vão dos 20 mil escudos a 600 mil escudos.  


O presente diploma não se aplica à produção da aguardente cuja matéria-prima não seja a cana-de-açúcar e às outras bebidas espirituosas que resultam da mistura da aguardente da cana-de-açúcar com outras substâncias, ou de mistura de duas ou mais bebidas espirituosas.



Apesar de ser uma legislação específica para o chamado grogue e deixar de fora as outras produções de bebidas espirituosas, José Pedro Oliveira, presidente da Assembleia Geral da Confraria do Grogue de Santo Antão (CONGROG) saudou o diploma, pois nas suas palavras vem ao encontro de uma das principais reivindicações da confraria: maior controle e fiscalização da produção do grogue.



“Estamos extremamente satisfeitos. Finalmente sai qualquer coisa para controlar a qualidade do grogue. Estamos satisfeitos porque era um dos nossos objectivos e vínhamos alertando as autoridades competentes para controlar o que se fabrica para podermos chegar àquilo que era um dos nossos objectivos: termos uma aguardente de cana-de-açúcar genuína, defendendo a saúde pública e defendendo a economia da ilha”.



A produção da aguardente em Cabo Verde foi até à data regulada por um decreto de 1987 que estabelecia apenas alguns aspectos sobre o fabrico e licenciamento da aguardente, com aplicação praticamente nula e com uma abrangência limitada em relação às etapas da cadeia de produção e em matéria de segurança, qualidade e inocuidade.

Como sublinha José Pedro Oliveira, só leis bonitas não chega. É necessário haver uma fiscalização “séria e determinada” e é necessário “a criação de um instituto para passar a pente fino o produto que vai para o mercado. Tem que haver um chapéu de autoridade que é um instituto que faça a exigência dos requisitos do produto a colocar no mercado e atribui-lhe um selo de garantia”.

 

Maio: Delegação do MDR disponibiliza ração e milho aos criadores de gado para mitigar o mau ano agrícola.



Porto Inglês, 12 Fev (Inforpresss) – O delegado do Ministério do Desenvolvimento Rural na ilha do Maio, José Ramalho disse à Inforpress que já está na ilha para ser comercializado a um preço acessível, ração e milho para gado como forma de se mitigar os efeitos do mau ano agrícola....
De acordo com o delegado do MDR no Maio, esta medida de subsidiar esses produtos por parte do Governo vai contribuir para que os criadores possam alimentar os seus animais até as próximas chuvas, visto que os preços praticados são muito mais reduzidos em relação àquilo que é praticado no mercado comum.


José ramalho informou que nesta primeira remessa receberam um total de 200 sacos de ração de 40 e 50 quilos que estão a ser revendidos a 1488$00 e 1860$00 respectivamente, enquanto o milho é vendido a 1280$00.


Ambos os produtos vão ser revendidos pela cooperativa Unicoop na ilha, que por sua vez vai coloca-los em todo o ponto da ilha ao mesmo preço.
O delegado do MDR indicou ainda que o stock inicial vai ser renovado daqui a três meses, de acordo com a demanda local, pois, esta quantia foi calculada na sequência do inquérito feito pela delegação junto dos criadores de toda ilha, por forma a terem uma real noção de qual é a necessidade dos criadores.


“Todos os criadores que foram inqueridos encontram-se registados na nossa base de dados, pelo que ao pretenderem fazer a compra quer de milho ou ração deverão deslocar-se à Delegação do MDR para fazerem o levantamento de uma credencial para puderem apresentar junto da revendedora, a fim de conseguirem os produtos nesses preços”, indicou.


De acordo com José Ramalho, a par desta medida dois furos de prospecção de água no subsolo já foram equipados para disponibilizar água aos criadores a um preço acessível, tendo informado também, que num futuro próximo pretendem ainda equipar mais três furos para disponibilizarem mais água tanto para o gado como para a agricultura, mas ressalvou que a prioridade vai ser dada para a criação de gado.


“Neste momento temos disponibilizado água aos criadores através de um auto tanque com capacidade para duas toneladas e meia pelo preço de 500$00 em vez dos 1400$00 que se praticava anteriormente", notou.


Para fazer face ainda aos efeitos do mau agrícola, José Ramalho adiantou que a Delegação do MDR tem previsto para início de Março o arranque da construção de alguns reservatórios, bebedores, curais, pocilgas, bem como a abertura de algumas frentes de alta intensidade de mão-de-obra e intervenção na floresta para criar alguns postos de trabalho.


Segundo este responsável, o programa que vai até finais de Junho e início de Julho está avaliado em cerca de 25 mil contos sem contar com outros programas paralelos.
WN
Inforpress/Fim


Ilha do Maio com mais 200 m3 de água dia.

Garantia do Ministro foi dada esta quinta-feira, no segundo dia de visita ao Maio. Gilberto Silva reuniu-...