terça-feira, 26 de novembro de 2013

Batata-doce Benefícios para a saúde.

Alimento visto por um especialista em nutrição: a batata-doce Escrito por Maria Rita Paulo, nutricionista.   
Alimento visto por um especialista em nutrição: a batata-doceTom Grill/Getty Images
A batata-doce é uma variedade da batata, que se distingue pelo seu sabor adocicado. Com origem na América Central e sendo consumido desde a pré-história, este alimento foi trazido para a Europa por Cristóvão Colombo, aquando da sua primeira viagem à Terra Nova. O seu cultivo estendeu-se por muitos outros países, como China, Indonésia, Vietname, Japão e India.
Atualmente, este alimento encontra-se com muita facilidade nos supermercados, em qualquer altura do ano, embora os seus meses de cultivo sejam Novembro e Dezembro.
A batata-doce pertence ao grupo dos tubérculos e à família das convolvulaceae, existindo cerca de 400 variedades distintas. A pele e a polpa podem variar entre diversas cores, embora as mais comuns sejam as variedades brancas e amarelo/laranja. Independentemente da cor, a atividade antioxidante deste alimento é 3 vezes mais elevada na pele do que na polpa.

A composição nutricional da batata-doce é muito semelhante à da batata, apresentando no entanto valores superiores:
– elevada densidade energética, devido à sua riqueza em hidratos de carbono (amido e açucares, que lhe conferem o sabor doce);
– elevada riqueza em vitaminas: vitamina A, sob a forma de betacaroteno, vitamina C, E, B6 e ácido fólico;
– elevada riqueza em minerais: potássio, manganês, cobre, fósforo e ferro.

Por todas estas propriedades torna-se um alimento adequado para indivíduos com elevado gasto energético.

Principais características

O betacaroteno, conhecido como pró-vitamina A, e a vitamina C são poderosos antioxidantes, que retardam o envelhecimento celular, pois eliminam os radicais livres do organismo causados, por exemplo, pelo stress e tabaco. Além desta propriedade ainda são anti-inflamatórios, reduzindo o risco de inflamação.

A vitamina B6 tem uma ação conversora da homocisteína (aminoácido que se encontra presente no sangue) em moléculas protetoras, reduzindo o risco de doença coronária e de outras doenças vasculares. Além desta apresenta ainda triptofano, um aminoácido que é o percursor da serotonina e que melhora o humor.

As antocianinas e outros polifenóis, presentes na batata-doce de cor arroxeada, apresentam também uma ação antioxidante e anticancerígena. Já o potássio tem uma ação drenante e hipotensora, sendo muito importante a nível cardíaco.

Benefícios para a saúde

A batata-doce apresenta muitos benefícios para a saúde, tanto para um organismo saudável como em casos de doença específica. O consumo deste alimento, de forma equilibrada e integrada numa alimentação variada e saudável, promove:
– redução da glicemia: nos doentes com diabetes tipo 2 diminui a resistência à insulina, melhorando a entrada da glucose dentro das células;
– proteção aterosclerótica, pois impede a formação de placas de ateroma nos vasos sanguíneos;
– proteção do trato gastrointestinal, pela sua ação anti-inflamatória e antioxidante
– melhoria do sistema imunitário, pelas suas propriedades antioxidantes.

Além destas propriedades, este alimento ainda previne as carências alimentares em populações desfavorecidas.

Maria Rita Paulo
Nutricionista

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Chegaram as primeiras 15 mil toneladas de milho do Paraguai .


milho paraguai5Já se encontram no Porto da Praia, as primeiras 15 mil toneladas de milho produzidas no Paraguai. Este primeiro carregamento está enquadrado no projecto “Ilha Verde”, um projecto que promete garantir a auto – sustentabilidade do país a nível alimentar.

De acordo com o coordenador da sociedade promotora do projecto, o agrónomo Adriano Pinto, este é mais um ganho notório para o país a nível da segurança alimentar.

milho paraguai2“Para nós este primeiro recarregamento significa uma grande vitória. Vitória do projecto, da equipa que está trabalhando connosco no Paraguai e seguramente para todos os Cabo-verdianos. Pela primeira vez temos condição real de abastecer o nosso mercado através do nosso próprio trabalho” adiantou Adriano.

Para esse agrónomo essa é a prova de que o país rompeu com o passado e agora resta colher os frutos de toda a determinação e da vontade séria de fazer do país, um país, dentro do possível, independente a nível alimentar.

milho paraguai4Novos recarregamentos estão previstos para o abastecimento do mercado nacional. No projecto constam ainda fábricas que funcionarão no país tendo como matéria-prima produtos trazido da fazenda do Paraguai, como é o caso da fábrica de ração, soja, ração e de aguardente.

milho paraguai“Dentro da óptica do abastecimento do mercado temos ainda o arroz, o trigo e num futuro bem próximo, a soja para alimentar a fábrica de óleo que nós temos aqui para abastecer todo o mercado sem a necessidade de importação” frisou Pinto.

Para Adriano, Paraguai é a 11ª ilha de Cabo Verde, a que possibilitará o país ter a sua auto – sustentabilidade e consequentemente o assegurar da segurança alimentar do país.

As 15 mil toneladas de milho já estão a ser armazenadas nos silos situados no Porto da Praia.
Site: MDR

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Doença de gado bovino preocupa autoridades no Maio.

CORREIO DAS ILHAS

A SEMANA

Uma doença ainda não identificada está a preocupar o delegado do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural na ilha do Maio. José Roberto Ramalho diz que está a ser contactado por vários criadores que lhe relatam casos da doença em vacas, mas até agora apenas teve conhecimento de um morto.

Doença de gado bovino preocupa autoridades no Maio
O caso está a ser acompanhado de perto pela delegação do MDR na ilha de Porto Inglês. José Ramalho explica que a doença, ainda não identificada, foi detectada há cerca de uma semana e ataca essencialmente vacas e bois. Manifesta-se com mais intensidade nas zonas de Morro, Calheta, Morrinho e Cascabulho. O delegado do MDR diz que até agora, só chegou ao seu conhecimento a morte de uma vaca, o que considera normal, mas relatos dos criadores apontam muitos mais animais a morrerem.
“Temos estado em contacto permanente com a veterinária no terreno, que nos informou que os animais que estavam doentes e que foram medicados estão a evoluir favoravelmente”, afirma.
A veterinária Sara Vieira confirma que se tem deslocado aos locais sempre que é chamada a intervir. "Depois da observação aconselhamos as pessoas a separarem o animal doente dos demais até a sua recuperação. Mas infelizmente houve alguns criadores que não tiveram a mesma postura, o que causou a morte dos seus animais”.
Entretanto, os técnicos já estão a recolher as amostras que vão enviar à capital do país o mais breve possível, para determinar  exactamente o que é esta doença.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Maio: Perspectiva-se um bom ano agrícola mas é necessário ainda mais chuva - delegado do MDR.



Porto Inglês, 16 Out (Inforpress) – O delegado do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) na ilha do Maio, José Ramalho disse hoje á Inforpress que perspectiva-se um bom ano agrícola, mas é preciso ainda mais chuva para que haja recarga dos lençóis freáticos para agricultura de regadio.

José Ramalho indicou que na zona centro norte da ilha o milho e o feijão estão garantidos, bem como o pasto para os animais, mas admitiu no entanto que os diques de retenção de água não conseguiram reter a quantidade suficiente para garantir que a agricultura de regadio venha a ter a continuidade nos próximos meses como aconteceu nos anos anteriores.

“Esperemos que nos próximos dias caem mais chuvas em quantidades para garantir o ano agrícola principalmente na zona sul que registou ainda pouca quantidade de chuva, facto que está a impossibilitar a agricultura de sequeiro e mesmo de regadio, porque houve pouca quantidade de recarga nos diques de retenção”, fez saber.

Para o delegado do MDR na ilha, a situação é bastante animadora, principalmente na zona centro norte, mas augura ainda mais chuva que garanta água para a agricultura de regadio.

Segundo disse, apesar de ter havido precipitação regular durante o mês de Setembro, os diques em algumas zonas ainda não receberam nenhuma recarga de água.

Entretanto, o delegado do MDR exorta contudo aos agricultores no sentido de irem fazendo o stock de pastos para alimentação dos seus animais, como forma de se precaver dos períodos mais difíceis.

WN
Inforpress/fim

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Governo lança hoje "Dia Mundial da Mulher Rural" o Prémio Nacional do Agronegócio.


publicado em: 15 Out 2013

O prémio compreenderá três categorias: Projecto Inovador no sector do agronegócio, Jovem Agricultor e Mulher Empreendedora.


Com o prémio, segundo uma nota do Governo, pretende-se promover e reforçar as iniciativas privadas inovadoras e a promoção de parcerias público-privadas nos investimentos que contribuem para o desenvolvimento da produção agro-pecuária e do agronegócio.

Dar respostas aos desafios inerentes ao desenvolvimento e promoção do empreendedorismo rural, a organização da produção e dos produtores e a identificação de segmentos de negócio competitivos no sector da agricultura são outros objectivos preconizados.


MCSA

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Redução da fome no mundo ainda é pequena.

UN-LOGO20copyO relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” publicado no início do mês de Outubro, pelas agências das Nações Unidas para a alimentação, diz que cerca de 842 milhões de pessoas, uma em cada oito, encontravam-se em situação de fome crónica no período de 2011-13, o que significa que não consumiam alimentos suficientes para terem uma vida saudável e activa. O relatório aponta que são necessários mais esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. 
O número está abaixo dos 868 milhões de pessoas com fome no período de 2010-12. A grande maioria destas pessoas vive em países em via de desenvolvimento, enquanto 15,7 milhões se encontram nos países desenvolvidos.
O crescimento econômico estável nos países em desenvolvimento tem resultado numa melhoria geral dos rendimentos e do acesso aos alimentos. A recente retoma do crescimento da produtividade agrícola, devido a um maior investimento público e a um renovado interesse por parte de investidores privados na agricultura, aumentou por sua vez a disponibilidade de alimentos.
Além disso, em alguns países, as remessas dos trabalhadores migrantes têm desempenhado um papel importante na redução da pobreza, melhorando a nutrição e a segurança alimentar. Têm também ajudado a impulsionar os investimentos dos pequenos proprietários ao nível da produtividade.
Apesar dos progressos alcançados a nível mundial na redução da fome, persistem ainda diferenças significativas. Na África subsaariana registaram-se apenas progressos modestos nos últimos anos, continuando a ser a região do mundo com a maior prevalência de subnutrição, com cerca de um em cada quatro africanos – 24,8 por cento – em situação de fome.
Não se observaram progressos recentes na Ásia Ocidental, mas no Sul da Ásia e no Norte de África houve algumas melhoras. Reduções mais significativas quer no número de pessoas que sofrem de fome, quer na prevalência da desnutrição, foram observadas na maioria dos países da Ásia oriental, sudoeste asiático e na América Latina.
Desde 1990-92, o número total de pessoas desnutridas nos países em desenvolvimento diminuiu 17 por cento, de 995.5 milhões para 826.6 milhões de pessoas.
Mesmo que a tendência não seja uniforme, as regiões em desenvolvimento como um todo fizeram progressos significativos no sentido de alcançar a meta de reduzir para metade a proporção de pessoas que sofrem de fome até 2015.
A meta mais ambiciosa definida na Cimeira Mundial da Alimentação (CMA) em 1996, de reduzir para metade o número de pessoas com fome até 2015, não será cumprida a nível global, apesar de 22 países até o momento a terem atingido em 2012.
A FAO, o FIDA e o PAM apelaram aos países a fazerem “esforços consideráveis e imediatos” de forma a atingir as metas dos ODM e da CMA.
José Graziano da Silva, Kanayo F. Nwanze e Ertharin Cousin, os respectivos chefes da FAO, do FIDA e do PAM defendem intervenções centradas na nutrição e nos sistemas agrícolas e alimentares, bem como na saúde pública e na educação, especialmente para as mulheres.
O relatório da ONU não mede apenas a fome crónica, também apresenta um novo conjunto de indicadores que captam as múltiplas dimensões da insegurança alimentar, proporcionando uma imagem mais diferenciada para cada país.
 Fonte:site: MDR

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MDR desvaloriza fissuras identificadas na barragem da Faveta.


2 de Outubro de 2013 em Nacional » Sociedade
Segundo dados afiançados, em conferência de imprensa, proferida na tarde de ontem, 01, pelo director-geral do Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR), Clarimundo Gonçalves, não realização de uma intervenção para a consolidação das margens da barragem da Faveta, na fase de construção, não colocava “nunca em causa” a qualidade e as condições estruturais desta infra-estrutura.
Na ocasião, sublinhou Gonçalves, também coordenador das coordenador das barragens do Ministério do Desenvolvimento Rural, tal opção se deveu ao seu “elevado impacto orçamental”, contudo, tendo em conta o actual cenário, vai-se proceder à monitorização plena da percolação (infiltração da água através das fissuras naturais nas estruturas das rochas) verificada nas duas margens da barragem.
“Em função da evolução da situação, proceder-se-á à implementação de medidas de tratamento, no sentido de evitar o agravamento do fenómeno da percolação e manter a estabilidade do maciço onde o mesmo ocorre”, garantiu o técnico do MDR, recordando que a barragem de Faveta passou o seu limite máximo de armazenamento com as últimas chuvas, provocando infiltração da água nas margens direita e esquerda e que, a nível da galeria, “identificaram-se algumas fissuras pontuais, desde a recepção provisória ocorrida em 24 de Julho de 2013”.
No sentido de esclarecer algum ruído que se tem ouvido acerca da questão, o engenheiro sublinhou que a presença da água na galeria “é um fenómeno normal” em barragens, não podendo, é certo, ultrapassar os limites admissíveis.
Para que males maiores sejam identificados ou evitados, o coordenadors das barragens do MDR reiterou que ficou acordado que seriam realizadas vistorias complementares, a cada três meses, com vista a “identificar eventuais acréscimos das fissuras”.
Recorde-se que necessidade da sua solução foi tornada pública na semana passada com base em mensagens trocadas entre a construtura Monte Adriano e o MDR, criticando o dono da obra de não ter realizado as cortinas de impermeabilização e de drenagem nem a consolidação do maciço de fundação da barragem, apesar dos alertas que dela recebeu.
De referir que as informações foram avançadas em conferência de imprensa na tarde desta terça-feira, na Praia, na presença da ministra Eva Ortet, técnicos do seu ministério e representantes da Prospectiva, empresa fiscalizadora das barragens.
A barragem da Faveta tem uma altura de água de 24 metros correspondentes a um volume total de água armazenada na sua albufeira de cerca de 428 mil metros cúbicos e um volume útil de 325 mil metros cúbicos.
À data da sua inauguração em Julho deste ano, tinha entre 30 a 40 por cento do seu volume total armazenado na albufeira. Após as chuvas de Setembro, tornou-se visível a percolação nas margens da barragem da Faveta, que custou 437.394.879 escudos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Maio: MDR e PN apertam o cerco ao abate ilegal de árvores.


CORREIO DAS ILHAS

A delegação do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) e a Polícia Nacional (PN) uniram esforços para controlar o corte ilegal de árvores na floresta do Maio e consequente embarque do carvão para a ilha de Santiago. A partir de agora, e sempre que os barcos partam do Porto Inglês, serão revistados e controlados por um agente policial e por técnicos do MDR devidamente destacados para esta acção que visa proteger a maior floresta do país.

Maio: MDR e PN apertam o cerco ao abate ilegal de árvores
Em declarações ao asemanaonline, o novo delegado do MDR no Maio, José Alberto Ramalho Varela, dá conta que esta medida foi tomada porque a maior floresta de Cabo Verde, situada na Calheta, está sendo ameaçada por carvoeiros, que insistem em cortar as árvores para fazer carvão. Mas esta prática nefasta para o ambiente está com os dias contados. A primeira acção fiscalizadora aconteceu no passado sábado, no Porto Inglês.
“Sempre houve abate ilegal de árvores. Temos estado a controlar, mas agora apertamos o cerco e vamos fiscalizar no cais, o embarque de carvão para Santiago. Isso será feito juntamente com a Polícia Nacional, que nos dá um agente para fazer a fiscalização duas vezes por semana. Ainda estamos na fase inicial e de teste, pelo que não temos resultados”, assegura José Ramalho Varela.
O corte ilegal de árvores para fazer carvão ameaça acabar com aquela que é considerada a maior floresta do país. “Agora, passa a ser obrigatório tirar a licença de embarque do carvão, pelo que podemos saber se é clandestino ou não”, afirma o delegado do MDR. “Se não há como embarcar o carvão, não se incentiva o corte ilegal, mas sim o uso de forma sustentável dos recursos”, defende.
O abate ilegal de árvores é uma prática que há muito preocupa as autoridades na ilha do Maio, mas até agora não se tinha conseguido sensibilizar os carvoeiros para os riscos desta corrida desenfreada à lenha. O próprio ex-delegado do MDR, Carlos Dias, já tinha dito que as pessoas só se preocupam em tirar proveito da floresta, mas ninguém se preocupa com a reposição das árvores cortadas no perímetro florestal do Maio, o maior do país.

domingo, 29 de setembro de 2013

Atelier “Apresentação dos resultados sobre Peste Suína Africana” e encerramento do Projecto TCP/CVI/ 3303 – “PESTE SUÍNA AFRICANA”.

EvaOrtet thumbA Ministra do Desenvolvimento Rural, Engª Eva Ortet, vai presidir, amanhã, 30 de Setembro, pelas 9 horas, o acto da Abertura do Atelier “Apresentação dos resultados sobre Peste Suína Africana” e o encerramento do Projecto TCP/CVI/ 3303 – “PESTE SUÍNA AFRICANA”, a ter lugar na Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde.
De acordo com os últimos dados publicados em 2010, a actividade pecuária ocupa mais de 41 mil famílias, o que representa quase 60 por cento da população total e cerca de 94 por cento da população rural o que contribui com 1,2 % do PIB.
A carne suína é a carne mais consumida em Cabo Verde e representava 49,7 por cento da produção per capita em 1995, seguido pela carne de frango, 36,6 por cento.
Apesar do importante papel da suinicultura para a segurança alimentar, a luta contra a pobreza, a promoção da equidade de género e o bem – estar das famílias e comunidades em Cabo Verde, o desenvolvimento deste sector enfrenta alguns constrangimentos organizacionais e de saúde (a febre suína clássica e a peste suína Africana) que dificultam o seu desenvolvimento.
Depois da confirmação da existência da Peste Suína Africana no país, em 2011, o Governo de Cabo Verde solicitou o apoio da FAO no controle desta doença.
peste suinaA FAO apoiou o país com o projecto " Assistência de emergência para o controle do surto da peste suína Africano em Cabo Verde “ – (TCP/CVI/3303-E), orçado em 385 mil dólares que cobriu o período de Agosto 2011 a Julho de 2012.
Destinou-se a ajudar a controlar a doença através da implementação de actividades voltadas para a avaliação da situação actual da doença no país, principalmente nas ilhas do Fogo, Santiago e Maio, reforço das medidas de biossegurança nas explorações agrícolas, portos, aeroportos, mercados e matadouros, formação de grandes players da indústria bem como a comunicação e sensibilização para o público-alvo.
Fonte: Site do MDR

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Barragem da Faveta preocupa MDR.

Barragem da Faveta preocupa MDR
O Ministério do Desenvolvimento Rural prosseguiu quarta-feira a avaliação da percolação da água que já é visível na barragem de Faveta, uma situação denunciada pelas empresas portuguesas construtora e projectistas da infra-estrutura, alegando a não realização de algumas obras.
Em correspondências trocadas com o Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) de Fevereiro a Setembro deste ano, a Monte Adriano informou que, com o enchimento da albufeira da Faveta, se verificou “uma significativa percolação (movimento lento subterrâneo da água) lateral de água”.
Prova disso, refere uma das mensagens da construtora a que a Inforpress teve acesso, é um fio da água que está a escorrer no encontro da parede da barragem com o maciço rochoso, na margem direita desta, mas a situação no lado esquerdo “é muito idêntica”.
Avisou, por outro lado, que a barragem de Saquinho poderá ser afectada do mesmo modo, dado que, apesar da pouca água, “são já visíveis percolações de água com natural tendência para o agravamento assim que os níveis da água subirem”.
Referindo-se à Faveta, a construtora confirmou que era “de esperar”, porque não se deu a devida atenção aos alertas que emitiu em tempo oportuno e criticou o MDR por não ter realizado as cortinas de impermeabilização e de drenagem nem a consolidação do maciço de fundação da barragem.
Por esta razão, justificou, o projectista Norvia Construtores Engenharia propõe a vinda a Cabo Verde de um especialista da equipa para constatar “in loco” o que se passa e propor medidas correctivas.
No entender da Norvia, a situação “pode, na verdade, ser grave”, enquanto a co-consultora e co-projectista Cenor considerou que “a intensidade da percolação é muito elevada num sítio em que a qualidade da fundação era deficiente”, podendo estar em causa “não só a estanquidade da obra, mas a sua própria estabilidade”.
Todas estas situações estiveram no centro das atenções da missão que esteve esta quarta-feira, 25, na barragem, integrando a directora da Engenharia Rural, Maria da Cruz, o bastonário da Ordem dos Engenheiros, João Ramos, e o representante da empresa fiscalizadora da obra, Prospectiva.
No terreno, estiveram também um técnico do Laboratório de Engenharia Civil (LEC), a delegada do MDR em Santa Catarina e o presidente da Câmara de São Salvador do Mundo, João Baptista Pereira.
Em declarações à Inforpress, o coordenador da equipa técnica do Programa Linha de Crédito Português, Eugénio Barros, adiantou que, após uma discussão na câmara, ficou decidida a elaboração de uma acta com propostas de algumas medidas para apresentar à ministra Eva Ortet.
Admitiu que existe “alguma preocupação” em relação à água “limpa” que está a sair pela parte lateral da barragem, infiltrando-se pela rocha, através da parte alta, mas, “neste momento, não existe nenhum perigo para a segurança da mesma”, afiançou.
A prioridade agora é analisar as precauções a tomar, de modo a estancar e impedir a passagem dessa água que está a correr, notou Eugénio Barros, para acrescentar que “o mesmo acontece em relação à barragem de Poilão”.
Só que precauções devem ser tomadas, assim como medidas para a correcção da situação actual, defendeu, revelando que, “neste momento, não é possível fazer os trabalhos de estancamento da água”.
Há que deixar a água descer um bocado na albufeira da barragem e isso com o devido acompanhamento do geólogo do projectista, observou.
“E não há necessidade de fazer a descarga de fundo, porque esta seria uma medida para casos extremos”, indicou o coordenador da equipa técnica, lembrando que estas medidas foram apresentadas, durante a construção, pelo projectista.
Assegurou que não foram feitas, na altura, porque se optou por “ver primeiro o comportamento da barragem" e por limitações, até de ordem financeira, tendo a empresa fiscalizadora também feito recomendações neste sentido.
Além das correcções a serem introduzidas, Eugénio Barros anunciou a criação de equipas para fazer o controlo e a segurança da barragem inaugurada a 20 de Julho deste ano.
Como infra-estrutura hidráulica de captação de água de escoamento superficial, a barragem da Faveta tem capacidade para armazenar 670.620 m3 de água ano, podendo ainda reter mais 300.000 a 400.000 m3/ano, resultante de escoamento superficial durante uma boa parte do ano (Outubro a Abril).
Orçada em 437.394.879 escudos, a barragem foi executada pela empresa Monte Adriano e fiscalizada pela Prospectiva, tendo a Norvia e a Cenor sido consultores e projectistas responsáveis.
A sua execução foi feita no quadro do Programa Energia Renováveis Ambiente e Mobilização de Água (PERAMA) e pelo Projecto Barragem e Modernização de Agricultura (PBMA), financiados pelos governos português e cabo-verdiano.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

As novas Barragens recebem as primeiras águas.

Fonte. Site MDR
ano agicola 2013As últimas chuvas vieram para garantir um bom ano agrícola e as novas Barragens construídas em Santiago já deram provas de que a horticultura será excelente. Garante a ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, na sua visita às 5 Barragens na ilha.
visita barragens ministrasCom as recentes precipitações, as Barragens já construídas e as que ainda estão em construção receberam as primeiras águas. A Ministra Eva Ortet, na companhia das Ministras Sara Lopes e Marisa Morais e suas comitivas foram conferir de perto esse grande feito do Governo, no que se refere à mobilização de água para agricultura.
visita barragens paisagemA viagem foi longa mas, os milhares de metros cúbicos de água já retidos não desmentem a satisfação da Ministra Eva Ortet. “Estou satisfeita e de certeza vamos ter um bom ano agrícola e um excelente ano hortícola.”
As chuvas na hora da partida não intimidaram a comitiva que logo pelas 9 horas rumou-se à Barragem de Salineiro, na Ribeira Grande de Santiago, inaugurada em Junho passado. Apesar de ser a que tem menos água, devido à fraca precipitação na localidade, a ministra está confiante. “ Até o final de Outubro espera-se que a Barragem esteja cheia.” 
faveta transbordouJá a Barragem de Faveta, em São Salvador do Mundo, já transbordou, ultrapassando a sua capacidade máxima de captação (670.620 metros cúbicos de água por ano). Tem 30 metros de altura, 103 de comprimento e uma capacidade de descarregamento de 25 metros.
Quanto à Barragem de Saquinho, em Santa Catarina, a um mês de ser inaugurada, já captou 3% da sua capacidade de água, que é de 701 mil metros cúbicos por ano, podendo atingir até um milhão de metros cúbicos de água.
A Localidade de Figueira Gorda, na Ribeira de Boaventura, também fez parte do roteiro da visita, já que nessa zona está a erguer-se a mais nova Barragem da ilha, cuja as obras já estão numa fase avançada.
A Barragem de Poilão, como é natural, tinha que fazer parte do circuito. Com a sua paisagem entre o verde dos campos e as águas a transbordarem, pôs o ponto final na visita e fez a delícia dos presentes.
visita barragens saquinho

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

III Fórum sobre a Agricultura em África reforça esperança na melhoria da agricultura.

 Setembro de 2013 em Economia » Internacional
A União Africana (UA) e a Aliança para uma Revolução Verde em África (AGRA), juntamente com os parceiros governamentais e não governamentais, vão continuar a desenvolver esforços para impulsionar a agricultura, numa perspectiva de promover o crescimento robusto e sustentável, considerando as oportunidades que o continente oferece para a dinamização deste subsector importante para a economia.
O compromisso surge uma década depois da «Declaração de Maputo», em que os chefes de Estado e de Governo se comprometeram a alocar 10 por cento de investimento público para a agricultura, e a contastação é que, desde então, os progressos alcançados ainda são insuficientes.
Num balanço do que tem sido feito no âmbito do Programa Compreensivo para a Agricultura em África (CAADP) adoptado pelos chefes de Estado há dez anos em Maputo, a comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana, Tmussine Rhoda Peace, disse que apesar de os resultados ainda serem insuficientes, foram feitos notáveis progressos ao se colocar a actividade agrícola no topo da agenda.
Neste sentido, os participantes do III Fórum sobre a Agricultura em África, que decorreu durante esse fim-de-semana, na capital moçambicana, organizado pela AGRA, identificaram como principais eixos do crescimento na agricultura a aposta nos pequenos e médios agricultores que podem fazer a diferença, atendendo que o sector emprega 65 por cento da população.
O entendimento é de que o empenho que os países têm demonstrado no aumento dos investimentos no sector deve prosseguir de forma a que num futuro breve não sejam apenas oito países com investimentos acima de dez por cento e que, de facto, se possa cumprir a Declaração de Maputo sobre a agricultura em África.
A presidente da AGRA, Jane Karuku, disse, por ocasião deste fórum, que mais do que avaliar os progressos da agricultura em África, foi importante ter-se conseguido, em Maputo, um compromisso de engajamento dos governos com relação a agricultura em África.
Segundo dados avançados na ocasião, a agricultura africana registou na última década um incremento de três por cento e o objectivo, segundo Makuru, deve ser mais ambicioso ainda atendendo que é preciso responder à demanda suscitada pelo crescimento da população e das necessidades.
O fórum é organizado pela AGRA, instituição financiada pela Fundação Rockefeller e a Fundação Bill e Melinda Gates, entre outros parceiros, e que agora desenvolve projectos em 16 países africanos, incluindo Moçambique.
Fonte: Binókulu

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Barragem de Poilão começou a transbordar.

                                   
  • Escrito por                                                                                                              

A Barragem de Poilão, no interior de Santiago, começou hoje a transbordar, quando eram 07:18, informou a delegada do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) em Santa Cruz, Cândida Cardoso.
A delegada do MDR no município de Santa Cruz, que também responde por São Lourenço dos Órgãos, disse que, contrariamente todas as previsões, a infra-estrutura hidráulica, com capacidade de 1,7 milhões de metros cúbicos de água, começou esta terça-feira a transbordar, depois de receber as primeiras águas deste ano.
Nesta segunda-feira, em conversa com a Agência Cabo-verdiana de Notícias, Cândida Cardoso havia avançado que, devido à velocidade e quantidade de água que corria em direcção à “Poilão”, até ao fim desta semana a barragem poderia atingir o seu ponto máximo.
“Contrariamente às nossas previsões, Poilão já está transbordar”, informou a representante do MDR em Santa Cruz e São Lourenço dos Órgãos.
A Barragem de Polião tinha registado uma descida do nível de água o que estava a preocupar não só os agricultores, como também dos técnicos.
As chuvas caídas nos últimos dias, um pouco por todo o país, vieram renovar a esperança dos homens e mulheres do campo em relação a um bom ano agrícola.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A previsão é de um bom ano agrícola.

Apesar da tarde chegada das chuvas, as perspectivas vislumbram-se boas. O mês de Agosto é o mês de chuva por excelência em Cabo Verde embora, este ano, fez pouco jus à tradição. Apesar disso, na segunda década do mês, as coisas começaram a entrar nos eixos e em algumas zonas húmidas já se vê milho e feijões desabrochando timidamente e a pintar de verde o campo seco. 
Segundo a Direcção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural as condições meteorológicas estiveram bastante favoráveis até o final de Agosto, registando precipitações de fraca a média, cujos valores mais expressivos foram de 78,0 mm no dia 13, na localidade de Assomada, Ilha de santiago; 33,3 mm no dia 15 na localidade de Chocho, ilha de Santo Antão; 70,0 mm no dia 15 na localidade de Ponta Verde ilha do Fogo e 32,6 mm no dia 15 na localidade de Campo das Fontes, na ilha Brava.
A situação agrícola até os finais de Agosto apresentava-se melhor do que na primeira década do mês. Na ilha de Santiago, as chuvas registadas nalgumas localidades do estrato climático húmido, sub-húmido e semiárido, serviram para renovar as esperanças dos agricultores, que já contam com a germinação das sementes do milho e feijões e melhoria das mesmas onde o milho já se encontra com três a cinco folhas.
Nas localidades onde ouve perda da sementeira, os agricultores estão a realizar novas sementeiras e nas zonas altas, deu-se início ao cultivo de hortícolas, batata-doce e amendoim.
Na ilha do Fogo, no estrato climático húmido e algumas localidades de sub-húmido, a cultura do milho encontra-se num bom ritmo de desenvolvimento e já se contam 5 a 7 folhas. Os feijões estão em plena ramificação. O solo apresenta boa humidade e os agricultores já estão na segunda monda.
Em algumas localidades do semi-árido, a cultura do milho encontra-se com 3 a 5 folhas e os feijões estão com bom vigor vegetativo. O solo também apresenta-se com boa humidade. Já na ilha de Santo Antão, no município de Porto Novo, tem-se registado precipitações fracas, insuficientes para germinação das sementes. Noutras localidades, os agricultores, timidamente, estão fazendo a sementeira a seco, na esperança da inversão do quadro na próxima década. Na ilha Brava, no estrato climático húmido, as culturas do milho e feijões encontram-se com bom desenvolvimento vegetativo e está-se no início da primeira monda e quanto ao solo apresenta-se com boa humidade.
No estrato climático sub-húmido, em algumas localidades, as culturas encontram-se na primeira fase de desenvolvimento e noutras em processo de germinação das sementes. No semi-árido, nas localidades onde registou-se a germinação das sementes, o solo encontra-se com fraca humidade, e é certo a perda da sementeira caso não chova em quantidade razoável na próxima década.
Quanto à situação fitossanitária, nas ilhas Brava, Fogo e Santiago a situação é considerada calma, reportando o único problema do gafanhoto “arbustivo” em Santiago e a presença de percevejo verde nas fruteiras em Chã das Caldeiras na ilha do Fogo. A Delegação do MDR está neste momento a acompanhar a situação, caso justifique, será organizada uma campanha.
Fonte. site do MDR.

sábado, 31 de agosto de 2013

S. Nicolau exporta excedente de melancia e papaia.

Os excedentes de produção de melancia da variedade «merissin» e de papaia tipo «filupp», recentemente introduzidas na ilha de São Nicolau, começam a abastecer os mercados do Sal, Boa Vista e S. Vicente. O delegado do Ministério do Desenvolvimento Rural, Adilson Melício, perspectiva que São Nicolau vai aumentar substancialmente a sua produção quando estas e outras espécies vegetais forem vulgarizadas junto dos agricultores de toda a ilha. Mais ainda, com o aumento do caudal de água que chegará das futuras barragens de Fajã e de Ribeira Prata.

S. Nicolau exporta excedente de melancia e papaia
A melancia «merissin» e a papaia «filupp» estão a ser testadas no Campo da Preguiça e no Vale de Fajã. Diante dos resultados obtidos até agora, a intenção do MDR é estender o cultivo a toda a ilha de Chiquinho. A «merissin», diz Adilson Melício, é uma melancia sem sementes, doce e com muita polpa. «É uma variedade que está a adaptar-se bem e a ter bons resultados na ilha. Em apenas dois meses foram já produzidas 10 toneladas. Os excedentes estão a ser exportados para o Sal, Boa Vista e S.Vicente».
O delegado do MDR garante também que a produção da papaia «filupp» é excelente. «Já colhemos as primeiras papaias de grau ‘brix’ (muito doces por terem açúcar), que pesam entre 800 e 1000 gramas cada. O nível da produção é excelente e uma parte já começou a ser exportada para o Sal», realça.
O representante do MDR está também satisfeito com os resultados das culturas em estufa, principalmente com a de pimentão. “É de alta qualidade”, assegura Adilson Melicio, que prevê o aumento da produção destas e outras culturas com a entrada em funcionamento das barragens de Fajã (BF) e Ribeira Prata (BRP). Com a água destas duas infra-estruturas hidráulicas, mais a da galeria da Fajã e os cinco furos que estão a ser equipados, poder-se-á expandir as áreas irrigadas, aumentar a produção e exportar o excedente para fora de S. Nicolau.

Grandes mudanças a caminho

Com 120 metros de comprimento e 40 de altura, a Barragem de Fajã está orçada em 680 mil contos, suportados pela Cooperação Portuguesa e pelo Estado de Cabo Verde. A capacidade instalada é de 400 mil metros cúbicos de água que vão irrigar 30 hectares de terreno e gerar 200 empregos permanentes.
A obra arrancou em Outubro de 2012 e emprega neste momento cerca de 90 pessoas. A construção está a cargo da Mota Engil, que garante estar a obra em fase avançada. Há cerca de um mês começou a alvenaria e o alargamento da albufeira.
A previsão é de que a barragem e o reservatório de 500 m3 fiquem prontos em 2014. A verba de 125 mil contos também já foi desbloqueada, para financiar a distribuição de água pelas parcelas de terreno, formar agricultores, introduzir e melhorar variedades de cultura, bem como garantir o tratamento pós-colheita.
É também grande a expectativa à volta da barragem subterrânea que está a ser construída no âmbito do Projecto de Ordenamento do Território da Bacia Hidrográfica da Ribeira Prata (POBHRP), financiado em 200 mil contos pelo BADEA. A barragem de Ribeira Prata será erguida na zona de Barreira, onde, na sequência das escavações feitas, foi já encontrado o precioso líquido a menos de três metros de profundidade.
Quando estiver concluída, a água desta barragem subterrânea será bombeada para reservatórios e depois distribuída por diferentes parcelas de terreno. Além da BRP, o POBHRP inclui a construção de 19 reservatórios com capacidade a variar entre os 50 e os 1000 metros cúbicos, além de uma rede de 11 kms de extensão para adução de água. 30 diques de retenção e outros 10 para captação de água completam esta obra hidráulica que promete novos dias para a agricultura de São Nicolau.
Os trabalhos arrancaram este ano e devem terminar em Março de 2014. Neste momento, o POBHRP emprega 100 pessoas. As obras são executadas pela Mota Engil, em parceria com as associações comunitárias de Fragata e Ribeira Prata.

sábado, 24 de agosto de 2013

Ilha do Maio: Camponeses satisfeitos com a queda das primeiras chuvas

Os camponeses das localidades do interior da ilha do Maio já iniciaram as sementeiras com a queda das primeiras chuvas, esta madrugada, para alegria dos homens da terra, disseram os próprios agricultores.
O agricultor Escolástico Oliveira disse que a chuva registada ontem de manhã não era "grande coisa”, mas, mesmo assim, as pessoas decidiram arriscar a fazer as primeiras sementeiras.
Acrescentou que elas acreditam que “mais água virá”, o que veio a concretizar-se durante a tarde e madrugada de hoje, trazendo “mais confiança e esperança” para aqueles que cultivam a terra.
“Temos a esperança que ainda, caia mais chuvas”, adiantou, salientando que, na localidade de Morrinho o terreno é muito forte, por isso é preciso mais água para manter o terreno molhado por vários dias, de modo a que até o fim desta semana seja possível fazer a sementeira.
Também nas localidades de Calheta e Morro os camponeses já estão a fazer as primeiras sementeiras, embora alguns já tinham arriscado fazê-lo no chuvisco da semana passada.
As sementes já começaram a germinar, por isso mostram-se mais animados, pois acreditam que as chuvas de quarta-feira, 21, vão permitir, o crescimento rápido das suas plantações.
Praia Gonçalo e Pedro Vaz são as localidades que receberam maior quantidade de chuva e os agricultores estão “muito animados”, porque os diques conseguiram reter uma “boa quantidade” de água, conforme avançaram, o que vai ter “impacto positivo” na agricultura de regadio.
Segundo o delegado do Ministério de Desenvolvimento Rural, José Roberto Ramalho Varela, a partir de amanhã iniciarão a plantação das 12.000 plantas que já se encontram no viveiro do Centro Zootécnico da Calheta prontas para serem introduzidas no terreno.

Escrito por Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Agricultura: Camponeses esperançosos em boa azágua.


Os agricultores de sequeiro dos diversos pontos do arquipélago já lançaram as sementes à terra, confiantes numa boa colheita. Chuvas abundantes e ausência de pragas são os principais desejos dos camponeses, que diariamente lançam mãos à enxada para mais uma campanha agrícola na esperança que este ano seja melhor do que o anterior.

De acordo com o agricultor Armando Silva, a campanha agrícola de sequeiro na região de Achada Falcão, Santa Catarina de Santiago, já arrancou na sua máxima força. Estima-se que mais de 90 por cento das parcelas de terras destinadas à agricultura de sequeiro, através da “sementeira em pó”, já foram cultivados. No entender daquele experiente camponês, os sinais do tempo apontam para um “bom ano” agrícola.

Uma expectativa reforçada por Celestino Fernandes, agricultor da Ribeira dos Engenhos, também em Santa Catarina, que nos conta que a sementeira está a decorrer de forma normal, à semelhança dos anos anteriores. “Até agora tudo está a decorrer bem porque temos sementes suficientes, fruto de uma produção razoável do ano anterior. Também não há registo de nenhum perigo eminente”.
Segundo este homem do campo, as perspectivas apontam que a chuva pode cair entre final de Julho e princípio de Agosto. Conforme Fernandes, a desconfiança no seio dos agricultores surge a partir do momento que a chuva cair de forma parcial, ou seja, “um lado sim e outro não”.
VANTAGENS DA SEMENTEIRA EM PÓ
De acordo com os agricultores, quando se faz a “sementeira em pó”, as sementes tendem a aquecer no solo e mal recebem as chuvas, durante a germinação, os constituintes ficam mais soltos e acabam por nascer mais depressa, ou seja, entre três e quatro dias. “As sementes lançadas ao solo depois das chuvas estão sujeitas à adaptação, o que torna o processo de germinação lento, normalmente uma semana para nascer”. E por outro lado, a mão-de-obra custa mais barata, sobretudo para as famílias com poucos membros.
Entretanto, os agricultores afirmam que a sementeira depois das chuvas é mais segura por correrem menos riscos de se estragar, uma vez que só é feita quando a terra já está bem molhada. Enquanto as feitas em terrenos secos, se por azar chover fraco, acabam por se estragar no que são obrigados a fazer uma nova sementeira.
PREVISÃO DE CHUVAS FAVORÁVEL
De acordo com a previsão sazonal avançado pelos Centro Africano de Aplicações Meteorológicas para o Desenvolvimento (ACMAD) e Centro Regional Agrhymet, os dados apontam para a probabilidade de ocorrência de precipitações normais ou ligeiramente superior a normal” no Sahel Ocidental, entre Julho e Setembro. No continente, de resto, chuva já começou a cair, nalguns casos, de forma abundante.
Estando Cabo Verde localizado no Sahel, o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) congratula-se com essas previsões. O INMG alerta entretanto que estes dados, apesar de serem importantes, devem ser considerados apenas como indicadores. Até porque existe também a probabilidade de aparecimento em larga escala de outros factores adversos na região ocidental africana. E que caso isso venha a acontecer, há uma elevada probabilidade de a época das chuvas começar mais tarde em Cabo Verde.
PRAGAS
De acordo com os agricultores, em Santiago, os problemas que estão a enfrentar, nesta primeira fase da agricultura, são as invasões de macacos e galinhas do mato, “pelada”, que estão a retirar as sementes do solo, principalmente nas zonas mais montanhosas de Santa Catarina. Segundo os agricultores, por causa disso, nas zonas altas pouca gente faz hoje em dia sementeira já que não há crianças para ajudarem a afugentar esses bichos.
Por seu turno, os técnicos do MDR mostram-se de algum modo apreensivos com a possibilidade de surgimento e invasão de gafanhotos. Isto porque este ano, devido ao conflito que se regista no Mali, tido como o principal foco de eclosão de gafanhotos, não foi feita a necessária prospecção. Esta situação põe os técnicos de MDR em alerta.
De acordo com a ministra Eva Ortet, todas as delegações do seu ministério já estão equipadas com materiais de combate às pragas, especialmente a de gafanhotos, logo após as primeiras chuvas. No entanto, salienta que a época agrícola arrancou de forma tranquila. E tendo em vista que no ano anterior a produção foi razoável, nesta primeira fase, não houve problemas relacionadas com as sementes.
REGIÃO FOGO/BRAVA
Na ilha do Fogo, segundo informação recolhida junto da delegação de MDR, a campanha agrícola está a decorrer dentro da normalidade. Em algumas localidades das zonas altas, nomeadamente, Ponta Verde e Galinheiro, que registaram as primeiras chuvas nos dias 4 e 5 de Julho, os agricultores já estão a efectuar a primeira monda. No entanto, reina a preocupação relacionada com o atraso na queda de mais precipitações, para a sustentabilidade das plantas já germinadas.
Já na Brava, o delegado do MDR, Lenine Carvalho, garante que agricultura de sequeiro está a decorrer dentro da moralidade. Conforme diz, boa parte dos camponeses já fez as sementeiras em pó e os restantes estão a esperar pela queda das chuvas.
Enquanto isso, para uma melhor preparação dos agricultores, o MDR na ilha das flores efectuou uma acção de formação e capacitação sobre o impacto do tempo e do clima na agricultura destinada aos camponeses e técnicos de MDR. Trinta e dois agricultores e criadores de gado participaram na formação ministrada por João Spencer, técnico de meteorologia agrícola, que alertou os camponeses sobres os efeitos do clima e a sua variação no tempo e no espaço e a sua influência na produção agrícola.
Neste sentido, no caso da Brava em concreto, João Spencer aconselha os agricultores a darem uma especial atenção na selecção e escolha de espaço adequado para o tipo de cultivo que se querem efectuar. “Em Cabo Verde, sobretudo na agricultura de sequeiro, os agricultores continuam a semear milho e feijões misturados, quando isso nem sempre dá bons resultados”.
E no caso da Brava, acrescenta, por ser uma ilha com um clima bastante húmido, com pouca insolação e com muita nebulosidade, não é conveniente a cultura do milho em certas regiões, nomeadamente na zona de Cova e Mato, por exemplo, onde há um excesso de humidade e pouca luminosidade, o que influencia negativamente na produção de milho.
Em alternativa, João Spencer aconselha a introdução nessas zonas de plantas fruteiras, batatas, tomate e outros produtos que se mostram mais adaptados ao clima da Brava, deixando o cultivo de milho e feijão para zonas mais baixas.
SANTO ANTÃO
De acordo com o delegado do MDR, em Santo Antão, Osvaldo Maurício, à semelhança dos outros pontos do país, a primeira vaga de sementeira de sequeiro na ilha das montanhas decorreu dentro da normalidade. “Os agricultores agora estão à espera pela queda das chuvas para arrancarem com as mondas”, disse.
Conforme esee responsável, até agora a delegação do MDR na ilha não registou nenhum pedido apoio com sementes. No entanto, Maurício assegura que a delegação local está preparada responder a qualquer eventualidade nesse sentido. Tanto no que diz respeito ao apoio com as sementes, como no combate às pragas se porventura vierem a surgir.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Engenheira cabo-verdiana concebe modelo matemático para melhorar agricultura.


Ângela Moreno, engenheira agrónoma cabo-verdiana agora doutourada em Lisboa em Engenharia de Biossistemas, concebeu um modelo matemático que permite melhorar culturas alimentares, mesmo em solos com escassez de água. O modelo designado por GRHA é um estudo do caso Cabo Verde, mas pode ser aplicado a qualquer outro país onde a água é um bem raro.

Engenheira cabo-verdiana concebe modelo matemático para melhorar agricultura
Ângela Pereira Barreto da Veiga Moreno levou cinco anos a fazer a sua investigação, considerada “muito boa” pelo júri, no Instituto Superior de Agronomia - um trabalho explanado em 400 páginas que interessa a gestores e políticos. Ela sugere-o também aos agricultores porque, apesar de hoje existirem barragens em Cabo Verde, devem aprender a racionalizar a água.
O trabalho intitulado “Modelação Hidrológica e da Rega para Condições de Escassez , visando a Gestão da Água em Santiago” tomou caso de estudo as bacias de S. Domingos e Ribeira Seca, na ilha de Santiago.
Fez o uso combinado de vários modelos de simulação de rega e balanço hídrico e permitiu estudar com detalhe - “o que até aqui não tinha ainda sido feito”, diz a investigadora- , a gestão da água na agricultura de Cabo Verde. Analisou a procura da água em períodos de seca severa e de seca extrema, fez simulações para cada uma das nove culturas mais importantes estudadas, enunciou cálculos matemáticos e científicos, observou e constatou.
A investigação considera “o balanço hídrico do solo, a nível das bacias hidrográficas e das parcelas agrícolas, demanda melhor informação climática e relativa às propriedades hidráulicas dos solos”.
“A originalidade do estudo”, diz a engenheira, “decorre do facto de se estimar a gestão de água em situação de escassez para regiões áridas e semiáridas. A inovação desta tese refere-se à determinação cuidada e actual das características climáticas, hidrológicas e pedológicas das bacias estudadas, nomeadamente com aplicação pioneira das funções de pedo-transferência dos solos agrícolas da Ilha de Santiago, assim como à combinação dos diversos modelos de simulação de rega e de balanço hídrico que permitiram estudar com mais detalhe a gestão de água na agricultura”.
A defesa da tese aconteceu no dia 25 de Julho de 2013 na Universidade Técnica de Lisboa – Instituto Superior de Agronomia, e Ângela, 44 anos, e que trabalha no Ministério da Agricultura de Cabo Verde, foi aprovada como Doutora em Engenharia dos Biossistemas – Área Cientifica Engenharia Rural com classificação de Muito Bom.
OL

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Cabo Verde desmente utilizar pesticidas perigosos proibidos pela FAO



Cabo Verde utiliza apenas pesticidas que fazem parte do Código Internacional de Conduta adotado pelos países membros da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), segundo as autoridades do país.
Esta informação foi dada quinta-feira à agência cabo-verdiana de noticiais (Inforpress) pela diretora-geral da Agricultura de Cabo Verde, Carla Tavares, em reação a alegações resultantes de um produto, designado Monocrotofo, encontrado recentemente na merenda de uma escola na cidade indiana de Bilhar e que provocou a morte de 23 alunos.

Carla Tavares recordou que Cabo Verde utiliza mais produtos biológicos inofensivos para o homem e o ambiente e que a lista dos pesticidas utilizados no país está em "constante revisão" com base em produtos menos tóxicos possíveis.
"A nossa lista respeita todas as recomendações das normas de segurança a nível internacional", disse a responsável, assinalando que Cabo Verde é  signatário de todos os tratados internacionais, inclusive, os relativos  aos produtos perigosos.
Carla Tavares lembrou no âmbito do Acordo de Estocolmo (assinado a 21 de maio na Suécia) e na sequência do qual foi elaborado um plano nacional para a implementação dessa Convenção.
Foram feitos vários estudos para conhecer a situação no país sobre a utilização dos pesticidas, estudos que vieram comprovar que no arquipélago cabo-verdiano não são utilizados produtos considerados perigosos como pesticidas, disse.
Em Cabo Verde, afirmou a diretora-geral da Agricultura, faz-se uma boa gestão dos pesticidas utilizados pelos agricultores, pelo que produtos como  Monocrotofos não existem e nem fazem parte da lista dos pesticidas no arquipélago.
Na sequência da morte de 23 estudantes por intoxicação, numa cantina da Índia, a FAO exigiu a eliminação dos pesticidas perigosos nos países em desenvolvimento.
"O monocrotofo é um inseticida organofosforado considerado particularmente perigoso pela FAO e pela Organização Mundial de Saúde (OMS)", alertou a FAO lamentando que tais substâncias sejam ainda distribuídas, nomeadamente, aos pequenos agricultores, quando "põem muitas vezes em risco a saúde pública e o ambiente".
Vários Governos, como a Austrália, a China, a União Europeia e os Estados Unidos, já decidiram proibir este produto, tal como vários países de África, Ásia e América Latina, lembrou a FAO.
Ela recomenda aos Governos dos países em desenvolvimento para retirarem o mais depressa possível os pesticidas muito perigosos do mercado", sublinhando que existem "substitutos não químicos e menos tóxicos".
"O código de conduta internacional sobre a gestão dos pesticidas, adotados pelos Estados-membros da FAO, estabelece normas voluntárias para todos os organismos públicos e privados que se ocupam da gestão dos mesmos", frisou.
Este código estipula que cabe aos Governos "proibirem a importação, distribuição, venda e compra de pesticidas muito perigosos, se for definido com base na avaliação dos riscos.
"As medidas de redução dos riscos ou de boas práticas comerciais são insuficientes para garantir uma manipulação do produto em toda a segurança", considera a FAO.

Ilha do Maio com mais 200 m3 de água dia.

Garantia do Ministro foi dada esta quinta-feira, no segundo dia de visita ao Maio. Gilberto Silva reuniu-...