quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Promover sistemas agro-florestais exige novas políticas


 

De acordo com a FAO, milhões de pessoas poderiam escapar da pobreza, da fome e da degradação ambiental, se os países fizessem um maior esforço para promover os sistemas agro-florestais, uma abordagem integrada que combina a floresta com produção agrícola e animal.

O sector agro-florestal é uma importante fonte quer de produtos locais (lenha, madeira, fruta e forragem), como de produtos para exportação. Cerca de metade das terras agrícolas do planeta tem uma cobertura florestal de pelo menos 10 por cento, daí a importância dos meios de subsistência agro-florestais para milhões de pessoas.

Num novo guia publicado ontem, 5 de Fevereiro, destinado a decisores, conselheiros políticos, ONGs e instituições governamentais, a FAO explica como integrar os sistemas agro-florestais nas estratégias nacionais e como adaptar as políticas a condições específicas.

 “Apesar dos seus muitos benefícios, o sector agro-florestal é prejudicado por políticas adversas, restrições legais e falta de coordenação entre os sectores para os quais contribui, nomeadamente a agricultura, a silvicultura, o desenvolvimento rural, o meio ambiente e o comércio” adiantou Eduardo Mansur, Director da Divisão de Avaliação, Gestão e Conservação Florestal da FAO.

O potencial de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, através da diminuição da conversão de florestas em terras agrícolas e do sequestro de carbono nas árvores das explorações agrícolas está entre as novas oportunidades de se promover o agro-florestal.

Segundo o guia, os agricultores que introduzam árvores nas suas explorações devem ser recompensados pela prestação de serviços ambientais à sociedade através de incentivos financeiros ou de outros incentivos, incluindo subsídios, isenções fiscais, programas de partilha de custos, de micro crédito ou benefícios em espécie (serviços de extensão, desenvolvimento de infra-estruturas, etc.).

O guia foi desenvolvido pela FAO em colaboração com o Centro Mundial Agro-florestal (ICRAF), o Centro de Ensino Superior de Pesquisa Agrícola Tropical (CATIE) e o Centro Internacional de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (CIRAD).

 

 

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