quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Barragem do Poilão transbordou.


barragem de Poilão acaba de se transbordar. Farta de tanta água recebida nos últimos três dias, mais uma vez, - a terceira depois da sua construção há seis anos - a maior infraestrutura hidráulica de Cabo Verde começou já a descarregar para a Ribeira Seca milhares de metros cúbicos de água.

Tudo aconteceu na madrugada de 2 de Outubro, e a notícia correu célere por entre os povoados de São Lourenço dos Órgãos e Santa Cruz, dois concelhos do interior de Santiago que beneficiam directamente da água da barragem.

A notícia corre célere. Porquê? Porque é assim - quando a barragem fica cheia e transborda é porque a “azagua” já é uma certeza. Deixa de ser, portanto, uma miragem, uma esperança, para passar a ser uma certeza, papável e verificável a partir dos verdes milheirais a florirem pelas encostas e achadas, ou sob o manto diáfano dos orvalhos que começam a afagar as culturas pelas madrugadas da ilha.

Daí a grande expectativa no seio dos camponeses quanto à enchente da barragem, o mais novo “ex-libris” dos camponeses de Santiago e de Cabo Verde! Porque, para o homem do campo, a água é muito mais que o líquido precioso definido pelos manuais escolares. Para o homem do campo, a água é alegria, é fartura, é festa, é vida.

Barragem de Poilão é, pois, tudo isso. Porque trouxe alegria, fatura, festa, vida. E quando transborda, e colunas de água descem, cantarolando, por entre os pedregulhos da ribeira, a caminho do mar, o coração salta de alegria no peito rugoso do camponês.

É mais um ano que se venceu.

 

Bem-haja a chuva! Bem-haja a barragem de Poilão! 

 

 

 

 

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