terça-feira, 6 de agosto de 2013

Engenheira cabo-verdiana concebe modelo matemático para melhorar agricultura.


Ângela Moreno, engenheira agrónoma cabo-verdiana agora doutourada em Lisboa em Engenharia de Biossistemas, concebeu um modelo matemático que permite melhorar culturas alimentares, mesmo em solos com escassez de água. O modelo designado por GRHA é um estudo do caso Cabo Verde, mas pode ser aplicado a qualquer outro país onde a água é um bem raro.

Engenheira cabo-verdiana concebe modelo matemático para melhorar agricultura
Ângela Pereira Barreto da Veiga Moreno levou cinco anos a fazer a sua investigação, considerada “muito boa” pelo júri, no Instituto Superior de Agronomia - um trabalho explanado em 400 páginas que interessa a gestores e políticos. Ela sugere-o também aos agricultores porque, apesar de hoje existirem barragens em Cabo Verde, devem aprender a racionalizar a água.
O trabalho intitulado “Modelação Hidrológica e da Rega para Condições de Escassez , visando a Gestão da Água em Santiago” tomou caso de estudo as bacias de S. Domingos e Ribeira Seca, na ilha de Santiago.
Fez o uso combinado de vários modelos de simulação de rega e balanço hídrico e permitiu estudar com detalhe - “o que até aqui não tinha ainda sido feito”, diz a investigadora- , a gestão da água na agricultura de Cabo Verde. Analisou a procura da água em períodos de seca severa e de seca extrema, fez simulações para cada uma das nove culturas mais importantes estudadas, enunciou cálculos matemáticos e científicos, observou e constatou.
A investigação considera “o balanço hídrico do solo, a nível das bacias hidrográficas e das parcelas agrícolas, demanda melhor informação climática e relativa às propriedades hidráulicas dos solos”.
“A originalidade do estudo”, diz a engenheira, “decorre do facto de se estimar a gestão de água em situação de escassez para regiões áridas e semiáridas. A inovação desta tese refere-se à determinação cuidada e actual das características climáticas, hidrológicas e pedológicas das bacias estudadas, nomeadamente com aplicação pioneira das funções de pedo-transferência dos solos agrícolas da Ilha de Santiago, assim como à combinação dos diversos modelos de simulação de rega e de balanço hídrico que permitiram estudar com mais detalhe a gestão de água na agricultura”.
A defesa da tese aconteceu no dia 25 de Julho de 2013 na Universidade Técnica de Lisboa – Instituto Superior de Agronomia, e Ângela, 44 anos, e que trabalha no Ministério da Agricultura de Cabo Verde, foi aprovada como Doutora em Engenharia dos Biossistemas – Área Cientifica Engenharia Rural com classificação de Muito Bom.
OL

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