quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MDR desvaloriza fissuras identificadas na barragem da Faveta.


2 de Outubro de 2013 em Nacional » Sociedade
Segundo dados afiançados, em conferência de imprensa, proferida na tarde de ontem, 01, pelo director-geral do Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR), Clarimundo Gonçalves, não realização de uma intervenção para a consolidação das margens da barragem da Faveta, na fase de construção, não colocava “nunca em causa” a qualidade e as condições estruturais desta infra-estrutura.
Na ocasião, sublinhou Gonçalves, também coordenador das coordenador das barragens do Ministério do Desenvolvimento Rural, tal opção se deveu ao seu “elevado impacto orçamental”, contudo, tendo em conta o actual cenário, vai-se proceder à monitorização plena da percolação (infiltração da água através das fissuras naturais nas estruturas das rochas) verificada nas duas margens da barragem.
“Em função da evolução da situação, proceder-se-á à implementação de medidas de tratamento, no sentido de evitar o agravamento do fenómeno da percolação e manter a estabilidade do maciço onde o mesmo ocorre”, garantiu o técnico do MDR, recordando que a barragem de Faveta passou o seu limite máximo de armazenamento com as últimas chuvas, provocando infiltração da água nas margens direita e esquerda e que, a nível da galeria, “identificaram-se algumas fissuras pontuais, desde a recepção provisória ocorrida em 24 de Julho de 2013”.
No sentido de esclarecer algum ruído que se tem ouvido acerca da questão, o engenheiro sublinhou que a presença da água na galeria “é um fenómeno normal” em barragens, não podendo, é certo, ultrapassar os limites admissíveis.
Para que males maiores sejam identificados ou evitados, o coordenadors das barragens do MDR reiterou que ficou acordado que seriam realizadas vistorias complementares, a cada três meses, com vista a “identificar eventuais acréscimos das fissuras”.
Recorde-se que necessidade da sua solução foi tornada pública na semana passada com base em mensagens trocadas entre a construtura Monte Adriano e o MDR, criticando o dono da obra de não ter realizado as cortinas de impermeabilização e de drenagem nem a consolidação do maciço de fundação da barragem, apesar dos alertas que dela recebeu.
De referir que as informações foram avançadas em conferência de imprensa na tarde desta terça-feira, na Praia, na presença da ministra Eva Ortet, técnicos do seu ministério e representantes da Prospectiva, empresa fiscalizadora das barragens.
A barragem da Faveta tem uma altura de água de 24 metros correspondentes a um volume total de água armazenada na sua albufeira de cerca de 428 mil metros cúbicos e um volume útil de 325 mil metros cúbicos.
À data da sua inauguração em Julho deste ano, tinha entre 30 a 40 por cento do seu volume total armazenado na albufeira. Após as chuvas de Setembro, tornou-se visível a percolação nas margens da barragem da Faveta, que custou 437.394.879 escudos.

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