quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Redução da fome no mundo ainda é pequena.

UN-LOGO20copyO relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” publicado no início do mês de Outubro, pelas agências das Nações Unidas para a alimentação, diz que cerca de 842 milhões de pessoas, uma em cada oito, encontravam-se em situação de fome crónica no período de 2011-13, o que significa que não consumiam alimentos suficientes para terem uma vida saudável e activa. O relatório aponta que são necessários mais esforços para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. 
O número está abaixo dos 868 milhões de pessoas com fome no período de 2010-12. A grande maioria destas pessoas vive em países em via de desenvolvimento, enquanto 15,7 milhões se encontram nos países desenvolvidos.
O crescimento econômico estável nos países em desenvolvimento tem resultado numa melhoria geral dos rendimentos e do acesso aos alimentos. A recente retoma do crescimento da produtividade agrícola, devido a um maior investimento público e a um renovado interesse por parte de investidores privados na agricultura, aumentou por sua vez a disponibilidade de alimentos.
Além disso, em alguns países, as remessas dos trabalhadores migrantes têm desempenhado um papel importante na redução da pobreza, melhorando a nutrição e a segurança alimentar. Têm também ajudado a impulsionar os investimentos dos pequenos proprietários ao nível da produtividade.
Apesar dos progressos alcançados a nível mundial na redução da fome, persistem ainda diferenças significativas. Na África subsaariana registaram-se apenas progressos modestos nos últimos anos, continuando a ser a região do mundo com a maior prevalência de subnutrição, com cerca de um em cada quatro africanos – 24,8 por cento – em situação de fome.
Não se observaram progressos recentes na Ásia Ocidental, mas no Sul da Ásia e no Norte de África houve algumas melhoras. Reduções mais significativas quer no número de pessoas que sofrem de fome, quer na prevalência da desnutrição, foram observadas na maioria dos países da Ásia oriental, sudoeste asiático e na América Latina.
Desde 1990-92, o número total de pessoas desnutridas nos países em desenvolvimento diminuiu 17 por cento, de 995.5 milhões para 826.6 milhões de pessoas.
Mesmo que a tendência não seja uniforme, as regiões em desenvolvimento como um todo fizeram progressos significativos no sentido de alcançar a meta de reduzir para metade a proporção de pessoas que sofrem de fome até 2015.
A meta mais ambiciosa definida na Cimeira Mundial da Alimentação (CMA) em 1996, de reduzir para metade o número de pessoas com fome até 2015, não será cumprida a nível global, apesar de 22 países até o momento a terem atingido em 2012.
A FAO, o FIDA e o PAM apelaram aos países a fazerem “esforços consideráveis e imediatos” de forma a atingir as metas dos ODM e da CMA.
José Graziano da Silva, Kanayo F. Nwanze e Ertharin Cousin, os respectivos chefes da FAO, do FIDA e do PAM defendem intervenções centradas na nutrição e nos sistemas agrícolas e alimentares, bem como na saúde pública e na educação, especialmente para as mulheres.
O relatório da ONU não mede apenas a fome crónica, também apresenta um novo conjunto de indicadores que captam as múltiplas dimensões da insegurança alimentar, proporcionando uma imagem mais diferenciada para cada país.
 Fonte:site: MDR

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