terça-feira, 2 de julho de 2013

A primeira Escola da Hidroponia em Cabo Verde.

Escola de Hidroponia pode produzir cerca de 65 mil quilos de produtos (A Semana)

CORREIO DAS ILHAS

Escola de Hidroponia poderá produzir cerca de 65 mil quilos de produtos02 Julho 2013

Cabo Verde já tem a sua primeira Escola de Hidroponia e Culturas Protegidas. O novo centro, que ocupa uma área de dois hectares de terreno no bairro de Achada São Filipe, Praia, tem uma área de cultivo (estufa) de cinco mil metros quadrados, com capacidade para produzir cerca de 65 toneladas de alimentos em cada ciclo (12 a 14 quilos por m2 em dois a três ciclos anuais). Além disso, irá servir para formação de agricultores e técnicos, investigar e trazer melhorias significativas na produção agrícola.

Escola de Hidroponia poderá produzir cerca de 65 mil quilos de produtos
Tomate, pimentão, beringela, melão, alfaces, morango, cerejas, melancia são alguns dos muitos produtos frescos, limpos e de boa qualidade que vão passar a sair do novo centro de Hidroponia, em cada ciclo de produção. Entretanto, num futuro próximo pode-se apostar na produção ao ar livre. Neste momento, os alimentos que foram expostos para a visita guiada destinam-se ao consumo nacional – escolas, hotéis e mercados – mas a ideia é apostar na exportação num prazo de dois anos.
Além disso, a escola vai receber formandos em todos os tipos e técnicas agrícolas. Num primeiro momento, os fundos destinam-se à investigação e formação, mas a partir do segundo ano os lucros poderão chegar aos seis mil euros anuais, projectou um dos técnicos ao asemanaonline. Sala de aulas, viveiros, sementeira são algumas das outras valências da infra-estrutura.
JMN: "Profunda transformação do sector agrícola"
Na inauguração esta manhã, o Primeiro-ministro, José Maria Neves, considerou que a Escola de Hidroponia veio romper com práticas do passado e criar algo de novo para o crescimento e desenvolvimento de Cabo Verde. “Estamos a realizar os nossos sonhos e a fazer uma profunda transformação do sector agrícola em Cabo Verde. Vamos formar, produzir plantas, investigar e apoiar os agricultores em todo o país na introdução de novas tecnologias de produção agrícola. Também na empresarialização do sector e na introdução do agro-negócio no mercado turístico cabo-verdiano”, defende o Chefe do Governo, para quem mais tarde haverá o reequilíbrio dos preços no mercado.
Por sua vez, a Ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, avança que o país assume agora como uma das prioridades a introdução de inovações na agricultura. “A mobilização dos recursos hídricos só será relevante através da sua valorização, introduzindo novas tecnologias de produção e transformação agrícolas”, considera a ministra, para quem novas perspectivas se abrem na melhoria das condições de vida.
Espanha apoia com 97 milhões de euros em cinco anos
O Centro de Hidroponia e Culturas Protegidas foi financiado pela Agência Espanhola de Cooperação e Desenvolvimento (AECD), no valor de cerca de 90 mil euros. O Embaixador da Espanha em Cabo Verde, José Miguel Corvinos, diz que é um projecto significativo para Cabo Verde, mas os investimentos não ficam por aqui.
Recorda que de 2007 a 2011 a Espanha canalizou um total de 77 milhões de euros para ajudas em Cabo Verde e 20 milhões de euros de apoio orçamental de 2007 a 2012, o que faz da Espanha um dos maiores parceiros do nosso país no desenvolvimento rural, na luta contra a fome e melhoria das condições de vida das pessoas. José Miguel Corvinos mostra-se por isso muito satisfeito e diz que esta cooperação tem tido os resultados desejáveis.
RP

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