segunda-feira, 8 de julho de 2013

Agricultores do Fogo registam prejuízos por não conseguirem escoar mangas.


8 de Julho de 2013 em Economia » Nacional
Os agricultores e proprietários de terrenos na zona norte da ilha do Fogo (parte de São Filipe e dos Mosteiros) estão a registar prejuízos devido há pouca saída da produção de mangas.
Segundo os agricultores, a produção de manga este ano é inferior à do ano passado, por causa de factores climáticos como o vento, ainda assim dizem que enfrentam problemas com o escoamento porque o mercado da ilha está saturado.
Nas zonas de produção da fruta, as mangas estão a ser vendidas a uma média de seis escudos por unidade (3 a 4 mangas por 20 escudos) mas mesmo assim a capacidade da oferta supera a da procura.
Neste momento, além do mercado municipal de São Filipe, o mais importante da ilha, podem-se encontrar grandes quantidades de vendedeiras estacionadas nas ruas de maior movimento e passagem de pessoas a comercializarem as mangas, um cenário pouco habitual.
Luciano Silva, agricultor e produtor da zona de Atalaia, Mosteiros, disse que os agricultores estão a ter “prejuízos consideráveis” devido a problemas no escoamento para outros mercados ou da inexistência de unidades de transformação de frutas.
“É lamentável que as mangas, papaias e outras frutas continuem a ser utilizadas na alimentação de animais”, disse o produtor à Inforpress, indicando que já é altura do Ministério do Desenvolvimento Rural e outras autoridades darem maior atenção ao sector com a instalação de pequenas unidades de transformação.
A construção do centro de certificação, selecção, embalagem e comercialização de Monte Barro, cujos equipamentos estão a ser instalados para que a inauguração aconteça a 21 de Julho, vai, no entender de Luciano Silva, “minimizar a situação mas não resolverá todo o problema”.
A título de exemplo, disse que os produtores dos Mosteiros continuam a ter prejuízos com os transportes, anotando que os produtores dos Mosteiros defendem a instalação de uma pequena unidade de selecção de produtos no município, antes do seu envio para o centro de pós-colheita, dado o potencial no domínio das frutas como a manga, citrinos, goiabas, caju e papaia.
Apesar desta situação, os produtores de Atalaia reclamam uma presença mais forte do Ministério do Desenvolvimento Rural (MDR) sobretudo na realização de trabalhos de correcção e conservação de solos nos vales e encostas de modo a evitar que o material orgânico continue a ser arrastado para o mar, deixando as árvores desprotegidas e com pouca capacidade de produção.

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